WhatsAppeando: sangrará até 2018!
- E aí, acompanhando as manifestações? Dilma sai ou fica?
- Acompanhando, sim. Ela fica e tem de ficar para consertar os erros cometidos. Não sou favorável ao impeachment porque não há base legal para isso, pelo menos ainda não há. Mas ela vai ficar, sim! Como disse Marina Silva, governo não se troca como se troca de camiseta. Será muito prejudicial ao Brasil um novo processo de impedimento.
- E erros não se corrigem com visto de caneta apenas, leva-se tempo. Mas deve ser feito algo logo. Estão empurrando tudo para o ano que vem.
- Pois é! Essa crise, por exemplo, só vai ter fim daqui a três, quatro anos, e só se houver seriedade do Congresso. O grande problema da Dilma é a questão da mentira no período eleitoral, no ano passado.
- Aí não vai ser fácil honrar compromissos.
- Ela mentiu para seus eleitores e para o Brasil. A imagem dela está manchada. Não a imagem como presidente da República, mas de cidadã e mulher brasileira. Seus eleitores perderam a confiança total.
- Por isso é preciso ser feito algo, para mostrar que há uma reversão da situação atual.
- Mas isso não nos dá o direito de tirá-la do poder. Ela foi eleita democraticamente para um mandato até 2018.
- Está tendo passeata no País todo. Isso nos prejudica lá fora com as negociações.
- Sim!
- A imagem do País fica enfraquecida.
- A única saída que vejo para a Dilma é admitir que errou e se afastar do PT.
- E fazer algo que prometeu em campanha.
- Só que para ela admitir o(s) erro(s) e se afastar do PT, precisará peitar seu criador, Luiz Inácio Lula da Silva.
- É ruim, hein!? Envolve muita grana.
- A Dilma, desde o início do primeiro mandato, é uma marionete. Ela, simplesmente, age como o Lula e o PT querem. Nunca foi independente, e hoje paga por isso.
- Sim, ele teve de sair, mas deixou um boneco de ventríloquo.
- Exatamente! Ela precisa corrigir o rumo da economia do País, em primeiro lugar. Só que o grande problema é que a Dilma também está enfrentando uma crise política e depende da política para consertar a economia.
- E nós é que sentamos, literalmente, na mandioca.
- Há um ciclo vicioso.
- Ela briga e nós é que levamos... Com certeza, um círculo vicioso e infeccioso, e muito dolorido.
- Uh! Há outra saída para a Dilma: escalar a militância e o Lula para abrandar a política.
- Mas esta situação me preocupa. Muita demissões, umas justificadas, outras nem tanto.
- O Lula é um animal político e a pessoa certa para ser usada agora. Você vai ver! O Lula já começou a aparecer mais e vai aparecer mais ainda em caravana pelo País. Renunciar está fora de cogitação para a Dilma, e se o governo passar pela turbulência de agora, nada impedirá o Lula-lá em 2018.
- Sim, mas ela tem de fazer algo hoje, para dar tempo para ele aparecer, pois está insustentável a realidade nacional.
- Exatamente! Há quatro opções em discussão hoje: 1) Um processo movido pelo PSDB, no Tribunal Superior Eleitoral, no qual o principal partido de oposição alega que a campanha de Dilma-Temer cometeu abuso político e econômico durante o período eleitoral. Isso está em tramitação. Se acatarem, deverá ser realizada uma nova eleição em 90 dias; 2) Lava Jato! Se ligarem Dilma, de fato, ao esquema, ela sofrerá impeachment e o Temer assume;
- E nós tomamos no...
- 3) Prestação de contas do seu primeiro mandato vetada pelo Tribunal de Contas da União. Se o Congresso reprovar, ela sofrerá processo de impeachment e novas eleições virão; 4) Renúncia. Mas sabendo quem é Dilma Rousseff, uma ex-militante da Ditadura Militar, que foi torturada etc., acho meio difícil que renuncie. Ela vai sangrar até 2018.
- É, tenho uma dúvida: qual das opções é a menos ruim? Não consegui perceber.
- Menos ruim para quem?
- Para nós, claro. Ela ser tirada é ruim, ela sair é ruim. Esperar para ver está saindo muito caro para a população. Não é ser negativa, mas está difícil ver algo bom ou uma rota de fuga. Nunca imaginei o País assim.
- Pois é, tudo por causa da incompetência administrativa. O PT nunca foi bom nessa área. Menos ruim para nos será uma nova eleição. Como bem disse o vice-presidente Michel Temer, precisamos de alguém para reunificar o Brasil. O País está rachado, quebrando, agonizando aos poucos. Precisamos de ações e medidas de impacto. A Dilma precisa ser radical se quiser mesmo continuar à frente do Brasil. Ela precisa reconhecer que errou, pedir desculpas em cadeia nacional e romper com o PT. Não vejo outra saída.
- Haja paciência! Rachado? Está um quebra-cabeças de 50 milhões de peças. Isso, você pode esquecer. Ela jamais vai fazer. Como disse, vai morrer, mas não vai se entregar.
- Sim! É o que provavelmente ocorrerá. Sendo assim, continuaremos com os mesmos problemas. E a economia indo água abaixo.
- E nós agonizamos juntos.
- Sim! Se ela não fizer isso, vai brigar com as armas que ainda dispõe. Ou seja, convocará seu mais forte soldado: Lula.
- Nunca passamos por isso na história brasileira. Vamos aguardar firmes e fortes.
- NUNCA MESMO!
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