20 de janeiro de 2012

Acorda, PSDB!

Mais um ano de eleição! E, como de costume, há sempre um ou outro pré-candidato que, frequentemente, arranja um jeitinho de postergar a oficialização da futura candidatura. Não que essa seja uma postura inadequada e fadada a provocar deslizes nas campanhas, mas é que se nós fizermos uma comparação com a eleição presidencial de 2010, constataríamos que, adiar ou demorar a escolher o candidato para a disputa, gera ônus ao partido político e, principalmente, ao testa-de-ferro que pleiteia o cargo.

É o que tem ocorrido com o PSDB: José Serra, no início de 2010, relutou, relutou e relutou para dizer o SIM que o definiria como candidato a Presidente da República pela segunda vez, e o que aconteceu? Viu a sua campanha ruir aos poucos, da pior forma possível: despencou nas pesquisas de intenções de voto; agonizou em praça pública, à espera do milagre Aécio-vice; e ainda teve de engolir o Índio da Costa, na chapa, por imposição do Democratas. Além disso, precisou beijar as mãos de Marina Silva, por ter conseguido ir ao segundo turno do pleito porque, sem ela, Dilma Rousseff teria ganho no primeiro round.

Ou seja, uma maldição, um atraso de vida para o candidato que optou por deixar para o último minuto do segundo tempo, a oficialização de sua candidatura. Pelo visto, o PSDB não aprendeu nada com o que houve em 2010 e tende a lançar o pré-candidato à Prefeito de São Paulo, neste ano, apenas em abril, prazo limite. Um absurdo!

O PT e o PMDB, os maiores rivais do PSDB, já têm definido um candidato, desde o final do ano passado; o PPS já possui um nome; o PC do B e o PRB, também; até o PSD, do Kassab, já está prestes a escolher um pau-mandado a disputar a eleição. E o PSDB? NADA!

Alguns dirão que os tucanos possuem bons nomes para a disputa, por isso a escolha do (pré)candidato torna-se demorada; outros falarão que o partido é democrático e preza as prévias para apontar o bode expiatório; uns já disseram que a causa é a soberba do "eu sou"dos tucanos. O que você acha?

Com relação ao que estão dizendo por aí, sobre o impasse peessedebista, só tenho a concordar com a soberba e, também, com as seguintes declarações:

José Dirceu: "É um retrato do isolamento e da confusão em que vivem a oposição tucana e seus atuais e ex-aliados".

Dirigente do PSD: "O PSDB nos jogou no colo de Haddad (pré-candidato do PT), desprezando o potencial da máquina municipal na eleição".

Acorda, PSDB!

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16 de janeiro de 2012

"O Brado Retumbante"

Amanhã, dia 17 de janeiro, estreia, na Globo, a minissérie "O Brado Retumbante", escrita por Euclydes Marinho.

A trama apresentará o ator Domingos Montagner - palhaço profissional, fundador da Companhia Circense La Mínima - interpretando o nosso novo Presidente da República, o Excelentíssimo Sr. Paulo Ventura, uma espécie de Lula: faz tipo popular, chegando ao Palácio do Planalto, puxando papo com o segurança sobre futebol.

O Presidente Ventura, com um quê de Fernando Collor, é boêmio e mulherengo, e terá um affair com a mulher de um Senador; se encantará com uma intérprete e viverá crises e mais crises com a primeira-dama, interpretada por Maria Fernanda Cândido. Além disso, sofrerá pressões políticas diversas e até mesmo um atentado.

Para escandalizar ainda mais, o casal presidencial tem uma filha barraqueira e um filho transsexual.

De quebra, tal ficção - não tão fictícia - mostrará o ator Luiz Carlos Miele, na pele de um político da velha guarda que, de tão influente, será conhecido apenas como "O Senador", remetendo-nos ao coronel José Sarney.

Curiosíssimo para assistir "O Brado Retumbante", que deveria trazer, logo no primeiro capítulo, o aviso "BASEADA EM FATOS REAIS!"

Imperdível!

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9 de janeiro de 2012

"Eles não desistiram..."

Eu sei que é notícia antiga e que muitos já devem ter ouvido falar da personalidade de 2011 escolhida pela revista "Time": um anônimo. Não, obviamente não foi o Seu Anônimo, mas, sim, uma figura representativa que levou jovens, no mundo árabe e de outras partes do mundo, como na Europa, nos Estados Unidos e na América Latina a saírem pelas ruas para protestar: "The Protester".

A figura representativa citada é Mohamed Bouazizi, um jovem trabalhador que ateou fogo ao próprio corpo para protestar contra a corrupção em seu país, a Tunísia, no final de 2010, início de 2011. Tal protesto desencadeou a "primavera árabe", levante popular e político, que destronou ditadores como Hosni Mubarak - Egito - e Muammar Kadaffi, Líbia.

A revista justificou sua escolha dizendo que os protestos de rua de 2011, iniciados com a "primavera", mudaram a forma como a política está sendo feita mundo afora, haja vista a queda de ditaduras jurássicas que só tiveram fim, graças à pressão das ruas e daqueles que protestaram e continuam a protestar, exigindo mudanças radicais e políticas pró-cidadãos.

De acordo com a "Time", "Eles discordaram, reivindicaram. Eles não desistiram, mesmo quando as respostas vieram em forma de nuvens de gás lacrimogêneo ou de saraivadas de tiros. Eles literalmente encarnam a ideia de que a ação individual pode trazer mudanças coletivas colossais".

Ou seja, diferentemente de nós, aqui no Brasil, que, há muito tempo, temos dito amém, amém e amém aos mandos e desmandos dos nossos dinossauros corruptos lá do Congresso, das Assembleias e Câmaras Municipais país adentro, sem arregaçarmos as mangas para brigar e gritar, cujo status quo é a regra, OS OUTROS têm dado exemplo e arquitetado mudanças gigantescas.

Precisamos de mudanças coletivas colossais, também. E, para que isso ocorra, uma mudança individual precisa ser desencadeada: levar mais a sério a política que os nossos "políticos" dizem fazer para nos representar.

Fizemos diversas manifestações em alguns feriados, no ano passado, mas a ação foi tão pífia que, bastou chegar o Natal, Réveillon, verãozão, para a galera do país tropical se debandar para a praia, abandonando as palavras de ordem ouvidas nos protestos de 07 de setembro, em Brasília, por exemplo. E com o Carnaval aí na porta, dificilmente haverá a alteração desse cenário.

Aqui, a estação nunca muda e nada se altera. Entretanto, nós, anônimos brasileiros com o poder do voto e do panelaço, e por sermos mais do que os de colarinho branco, poderíamos mudar essa realidade, não? Não para estampar a capa da "Time", mas para estamparmos um Brasil mais bonito pra nós mesmos e para o mundo.

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4 de janeiro de 2012

Dilma, cadê você?

O governo da presidente Dilma Vana Rousseff completou 1 ano e nada, ou quase nada mudou, se formos compará-lo ao do ex-presidente Luiz Inácio da Silva. Mas isso é um bom sinal, pois nos mostra que a presidente é uma governante de palavra e cumpre com os seus compromissos de campanha: continuar o que o seu mentor e padrinho político deixou como legado, mantendo-se firme para não cair na tentação de "personalizar" o seu governo.

Afinal, para quê mudar, se a economia flui - já somos a 6ª maior potência econômica - e estamos prestes a injetar milhões no FMI?

Economicamente bem, politicamente mal é a síntese dos 365 dias do primeiro ano de Dilma, uma vez que a corrupção continua a corroer o Estado; o mau uso dos recursos públicos permanece gritante; continuamos em 75º no ranking de desenvolvimento humano, sem que nem um primeiro passo tenha sido dado para amenizar tal disparate; a Comissão da Verdade engatinha e fomos condenados em Haia por desrespeito aos Direitos Humanos, por não investigarmos efetivamente as atrocidades do período ditatorial; ausência de investimentos em saneamento básico; postos e aeroportos à míngua e por aí vai...

Dilma tem sorte por não precisar encarar a oposição que, infelizmente, está em frangalhos, não possui um representante forte e continua a definhar-se, sem fôlego para gritar ou tacar pedras na vidraça governista, bem como Lula fazia. Lastimável!

Por incrível que pareça, ainda não consigo responder quem é Dilma Rousseff e/ou a que veio, de fato. Espero que, em seu segundo ano, ela inicie o seu mandato. Há tempo, não?

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