Mito do voto útil: não caia nessa armadilha!
Estamos chegando ao final de mais uma campanha eleitoral. Uns carregam certezas, outros dúvidas, alguns com hipóteses prováveis e improváveis, mas ninguém tem a resposta objetiva à pergunta: quem será nosso próximo presidente?
Os que enchem a boca pra falar numa tal candidata aí, temem um segundo turno. Os que arriscam o decadente, sonham com a disputa a dois, no dia 31 de outubro. E aqueles que idealizam a terceira candidata, rezam para que a decência, ética e renovação voltem a fazer parte do "mundo política". Difícil, não?
Mas o que eu quero sinalizar nesse post, é que ninguém sabe o que as urnas dirão no dia 03 de outubro, a partir das 17h. Pesquisas, estudos, análises e teorias só apontam suposições. Não é recomendável se pautar, balizar, confiar e acreditar nas projeções. Sempre surgem surpresas de uma forma ou de outra, numa intensidade maior ou menor.
Em 2006, por exemplo, todos acreditavam na vitória iminente de Lula sobre seu oponente, Geraldo Alckmin, logo no primeiro turno. Inclusive vários institutos de pesquisas, como o Datafolha, Ibope, Vox Populi etc. Eu mesmo cheguei a apostar nesse quadro eleitoral, na época. Ledo engano! O tucano conseguiu levar o presidente teflon ao segundo turno. Claro, o peessedebista perdeu, mas alcançou seu objetivo: second round!
É óbvio que cada pleito tem suas diferenças, no entanto, é tudo imprevisível! Os indecisos têm grande responsabilidade sobre isso.
NINGUÉM, absolutamente NINGUÉM sabe quem será o próximo presidente da República Federativa do Brasil. Cabe a nós não nos pautarmos nas suposições veiculadas por aí, para que só assim possamos escolher nossos candidatos conscientemente, sem pressão estatística e psicológica que impulsiona-nos a votar naqueles que lideram as INTENÇÕES de voto.
Voto não pode ser considerado como uma aposta esportiva, numa corrida de cavalos, por exemplo, em que se investe naquele animal cuja chance de vitória é certeira. Voto é transferência de poder, é manifestar sua opinião, é juízo de valores sobre um determinado candidato.
Voto útil de verdade é aquele em que a consciência fala mais alto. É quando você analisa quem está na liderança da disputa e chega a conclusão de que aquele que está em terceiro lugar possui mais qualidades, o que desperta-lhe a votar com mais tranquilidade, pois houve comparações conteudistas, biográficas e de representatividade.
Portanto, não nos deixei cair em suposição e livrai-nos das pesquisas e do mito do voto útil - que é justamente uma aposta esportiva - no primeiro turno, amém!
Deixei o vídeo abaixo, explicando um pouco mais sobre como funcionam os dois turnos de uma eleição. Assista-o, é só 1 minuto!
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