26 de setembro de 2010

Mito do voto útil: não caia nessa armadilha!

Estamos chegando ao final de mais uma campanha eleitoral. Uns carregam certezas, outros dúvidas, alguns com hipóteses prováveis e improváveis, mas ninguém tem a resposta objetiva à pergunta: quem será nosso próximo presidente?

Os que enchem a boca pra falar numa tal candidata aí, temem um segundo turno. Os que arriscam o decadente, sonham com a disputa a dois, no dia 31 de outubro. E aqueles que idealizam a terceira candidata, rezam para que a decência, ética e renovação voltem a fazer parte do "mundo política". Difícil, não?

Mas o que eu quero sinalizar nesse post, é que ninguém sabe o que as urnas dirão no dia 03 de outubro, a partir das 17h. Pesquisas, estudos, análises e teorias só apontam suposições. Não é recomendável se pautar, balizar, confiar e acreditar nas projeções. Sempre surgem surpresas de uma forma ou de outra, numa intensidade maior ou menor.

Em 2006, por exemplo, todos acreditavam na vitória iminente de Lula sobre seu oponente, Geraldo Alckmin, logo no primeiro turno. Inclusive vários institutos de pesquisas, como o Datafolha, Ibope, Vox Populi etc. Eu mesmo cheguei a apostar nesse quadro eleitoral, na época. Ledo engano! O tucano conseguiu levar o presidente teflon ao segundo turno. Claro, o peessedebista perdeu, mas alcançou seu objetivo: second round!

É óbvio que cada pleito tem suas diferenças, no entanto, é tudo imprevisível! Os indecisos têm grande responsabilidade sobre isso.

NINGUÉM, absolutamente NINGUÉM sabe quem será o próximo presidente da República Federativa do Brasil. Cabe a nós não nos pautarmos nas suposições veiculadas por aí, para que só assim possamos escolher nossos candidatos conscientemente, sem pressão estatística e psicológica que impulsiona-nos a votar naqueles que lideram as INTENÇÕES de voto.

Voto não pode ser considerado como uma aposta esportiva, numa corrida de cavalos, por exemplo, em que se investe naquele animal cuja chance de vitória é certeira. Voto é transferência de poder, é manifestar sua opinião, é juízo de valores sobre um determinado candidato.

Voto útil de verdade é aquele em que a consciência fala mais alto. É quando você analisa quem está na liderança da disputa e chega a conclusão de que aquele que está em terceiro lugar possui mais qualidades, o que desperta-lhe a votar com mais tranquilidade, pois houve comparações conteudistas, biográficas e de representatividade.

Portanto, não nos deixei cair em suposição e livrai-nos das pesquisas e do mito do voto útil - que é justamente uma aposta esportiva - no primeiro turno, amém!

Deixei o vídeo abaixo, explicando um pouco mais sobre como funcionam os dois turnos de uma eleição. Assista-o, é só 1 minuto!


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P E R I G O IMINENTE!


"Excesso de força é o risco de um possível governo Dilma. Com oposição na lona, maioria no Congresso que nem Lula teve, sem pressão de movimentos sociais e de braços dados com o grande capital e maioria popular."

[E aí, ela merece e está pronta para assumir toda essa força?]

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24 de setembro de 2010

Saiba que...

29ª Bienal de São Paulo vem aí!

Nesta edição, com abertura programada para amanhã, dia 25/9, no Parque do Ibirapuera, a POLÍTICA entrará no debate.

Com o título "Há Sempre um Copo de Mar para um Homem Navegar", a Bienal parte da ideia de que não é possível separar arte e política.

A mostra ficará aberta até o dia 12/12, nos seguintes horários:
segunda a quarta, das 09h às 19h.
quintas e sextas, das 09h às 22h.
sábados e domingos, das 09h às 19h.

Entrada franca.
Visite o site oficial: http://www.fbsp.org.br


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21 de setembro de 2010

Muita informação e pouco discernimento

Por que a pipa do vovô quase não é mais vista por entre os parques e ruas dos bairros?

Quase todos os dias eu via moleques, molequinhos e “molecões” (marmanjos, barbudos barbados) empinando (soltando?) pipas nas ruas próximas a minha casa. Agora, nem sinal dos viciados em rabiolas.

Não sei o que houve para ter havido esse sumiço gradual. Digo gradual porque o desaparecimento das pipas se deu vagarosamente: há três anos – muitas pipas soltas no ar; há dois – algumas pipas; há um ano – nem sinal delas.

Enquanto isso, do céu tecnológico do Twitter, onde até uma baleia voadora é possível ser vista, chove milhares e milhares de twittes. O Orkut cresce, se reinventa, fica mais bonito. O MSN está bombando, o Youtube, nossa nova televisão e o Facebook compartilha conosco emoções...

Uma porção enorme de e-mails, diariamente, faz parte da nossa rotina. Quem é que vive sem e-mail, hoje em dia, não é verdade? O tempo do “já”, o tempo do “pra ontem”, o tempo da “velocidade” não cede espaço ao que a pipa do tempo do vovô, ou melhor, o tempo do vovô prezava: CARPE DIEM.

Veja bem, não estou demonizando o advento da internet e suas modernosas parafernálias, como um velho gagá. Sei muito bem da importância dessa cada vez mais essencial ferramenta a todos nós, só estou querendo dizer que tudo é muito efêmero, muito fast, muita informação e pouco discernimento, muito tudo e tudo com pouca intensidade, sem emoções e sensações reais e vivas.

Vamos valorizar e respeitar o simples ato de “empinar pipas”. Sejamos mais vivaz e menos voraz.

Voltem pipas, voltem!

PS: Muita informação e pouco discernimento: será que isso explicará o resultado da eleição desse ano?

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