22 de março de 2011

Aberração à vista!

Sei que ainda faltam cerca de 570 dias para a realização do 1º turno das eleições municipais, mas sei também que muitos têm especulado a respeito do famigerado pleito de 2012. Não poderia ficar de fora dessa empreitada, não é mesmo?

O foco atual é Gilberto Kassab, seu legado e futuro político. Terá êxito na fundação do PSD - Partido Social Democrático? Pois é, mudou de nome. De PDB para PSD. Outras perguntas que pairam no ar:

1) Kassab conseguirá fazer seu sucessor?
2) Quem tem condições de sucedê-lo?
3) Concorrerá a governador de São Paulo, em 2014?
4) Ele tem chances de bater e abater Geraldo Alckmin, como o fez em 2008, quando os dois concorreram à prefeitura de São Paulo?
5) José Serra está com Kassab? Por que estaria? Por que não estaria?

Você, caro leitor, ou melhor, eleitor paulistano, consegue responder às questões acima? Ah! Não quer responder, é avesso a discussões político-partidárias? Mas você precisa acompanhar essa orgia e ver o quão devassos podem ser os nossos representantes nesse bacanal político. Eles são capazes de tudo, com tudo e com todos, aliados ou não.

Ah! Você acha que ainda está muito cedo pra isso? Pois saiba que, para eles, 2014 já começou! Veja meu post anterior.

Se 2014 já começou para Kassab e Serra, saiba que a oposição também já está em polvorosa, de olho na maior e mais rica cidade do Brasil. Afinal, não querem ficar mais 8 anos distantes dessa boquinha. Quero dizer, bocona!

O problema é que, bem como os políticos da situação, os de oposição não possuem nomes fortes para a disputa. E aí, retorno a minha segunda pergunta lá de cima: quem tem condições de suceder Gilberto Kassab?

O senador Aluysio Nunes, PSDB? O vice-governador Guilherme Afif, DEM? A senadora Marta Suplicy, PT, de novo? O ministro Aloizio Mercadante, PT, mais uma vez? O assessor José Genoino, PT?

Deus nos livre de tais aberrações. E por falar nisso, um nome tem sido martelado pelos bastidores... um nome que nos faz refletir sobre as chances de o PT obter o controle da cidade e, futuramente, do estado de São Paulo, findando os 20 anos do reinado tucano: Luiz Inácio Lula da Silva.

Para a maior cidade, por quê não um presidente?

Lula seguirá o exemplo do Serra. Entrará para a prefeitura - tendo como vice o próprio Mercadante ou Marta Suplicy - e ficará governando por 02 anos apenas. Depois disso, passará para o governo do estado ou retornará ao Palácio do Planalto. É uma aberração ou não é? Sim, claro. Mas não deixa de ser tentador para o PT.

Assim como o PSDB - principal representante da oposição, atualmente - tem copiado o PT na forma de governar, investindo no SOCIAL e ouvindo SINDICATOS, qual o problema de o Partido dos Trabalhadores copiá-los na forma de estratégia política?

O nosso ex-presidente poderá realizar um grande sonho: eleger-se em primeiro turno. O que nunca conseguiu!

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20 de março de 2011

Saiba que...


...dia 14 de abril é o prazo final para os eleitores faltosos nas duas últimas eleições regularizarem sua situação na Justiça Eleitoral.

Evite o cancelamento do seu título de eleitor. Caso isso ocorra, ficará impedido de tirar passaporte, RG - e outros documentos -, receber salários de emprego público, participar de licitação pública e terá problemas quanto à nomeação em concursos públicos.

Compareça ao cartório eleitoral ao qual pertence a rua em que você mora e regularize a sua situação. Quaisquer informações, entre em contato com a Central de Atendimento ao Eleitor ou através do site do Tribunal Regional do seu estado/cidade.

No próximo ano haverá eleições municipais.
Não deixe para a última hora, antecipe-se!

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12 de março de 2011

2014 já começou!

Nestes últimos dias, o que se ouve e lê na "grande" imprensa é que o prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab, deixará o seu atual partido DEM (Democratas), para fundar outro, o PDB (Partido da Democracia Brasileira). Tal ação política - sem preocupação ética, ideológica, apenas visando o poder pelo poder - ainda não foi formalmente realizada. Só está no campo das ideias, contida na cabecinha do Kassab, que, até o momento, não sabe o que fazer. E se o Kassab sabe, está procurando apenas os meios legais e indicações do seu padrinho político, José Serra, para dar o seu pontapé inicial.

A briga pelo poder é tão...como eu posso dizer?...é tão, tão...nojenta, não é verdade? Veja o que um "político-marionete", como o prefeito da maior cidade do Brasil, faz para não largar o PODER.

Eu sei, prefeito. É difícil abrir mão da caneta. Toda a manobra é em busca da projeção para sua permanência no poder. Ainda não sabemos se a ação agradará a gregos ou a troianos. Na esfera nacional, entenda-se por gregos, oposição e, troianos, governo federal. Ou ainda, agradar a Serra.

A ideia de que, com o PDB, criar-se-á um partido de princípios, ideologicamente correto e blablablá é tudo mentira. Tudo faz parte de um grande trampolim que pretende içar Kassab, Serra e aliados para 2014, ganhando impulsos fortes em 2012.

Lá na frente, quem terá de enfrentar o prefeito, mais uma vez, é o governador Geraldo Alckmin, que tentará a reeleição. Nada mais justo Kassab querer cercear os poderes do tucanato paulista, agora, para não ter de encarar gigantes daqui a 2 e 3 anos.

Em 2008, por manobras sombrias encabeçadas por José Serra, Alckmin amargou uma derrota para Kassab, em disputa pela prefeitura de São Paulo. O atual governador foi relegado às traças pelo próprio partido. Será que Serra também está nos bastidores, agora, armando para o seu "amigo" Alckmin, em conluio a Kassab, de novo? Não há dúvidas! O ex-candidato à presidência tentará de todas as formas manter o seu poderio em São Paulo para concorrer a presidência em 2014. Para isso, nada mais justo do que trabalhar como ventríloquo, cuja marionete já se sabe quem é.

Serra não quer a prefeitura, muito menos o governo estadual. Ele quer estar no Palácio do Planalto. Ou melhor, disputar a cadeira ocupada por Dilma Rousseff. E sabe que sua situação é delicada no PSDB, por existir um Aécio Neves. Aliar-se a Kassab é uma forma de manter-se na jogada, porque de certa forma, a iniciativa do prefeito pressiona as forças políticas municipais, estaduais e federais, assustando o PSDB.

Se o PDB for mesmo criado e Serra não conseguir espaço no PSDB, há chances de ele se projetar na nova facção e disputar a presidência em 2014, enfrentando, inclusive, o virgem Aécio. Kassab entraria em sintonia com o governo federal, aproveitaria parcerias e programas oficiais e, em 2014, se alinharia com José Serra.

A briga pelo poder em 2014 começou.


Essa história de 3ª via em São Paulo, em que haverá outro partido forte disputando eleições, juntamente a PSDB e PT, ocorrerá apenas se José Serra não conseguir um compromisso, agora, em disputar a presidência pelo PSDB, mais uma vez. Se por ventura, não houver esse acordo, - o que é mais provável - o PDB sairá do papel e fundir-se-á a outro partido, fazendo Gilberto Kassab candidato ao governo de São Paulo e Serra a presidente.

O jogo está bem positivo a Kassab, que deve se movimentar, sim, nas próximas semanas em torno do PDB. O grande pavor do PSDB é se o prefeito virar a casaca e mergulhar de mãos dadas com o PT, e/ou com sua base aliada, sem beijar o projeto nacional com Dilma. Há a possibilidade do hibridismo nessa 3ª via política no estado, a estilo da chapa formada por PSDB e PMDB em 2010, aqui em São Paulo.

Aí, sim, trema PSDB! Ainda mais tendo a possibilidade de um José Serra na chapa. Aécio Neves e Geraldo Alckmin disputariam com José Serra e Gilberto Kassab. A grande questão é: Kassab e Serra teriam votos suficientes para levar, respectivamente, o governo de São Paulo e presidência? Acho que não. O povo diria não a esse disparate político. Mas, como se sabe, na política tuuuudo pode acontecer.

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11 de março de 2011

Mais uma visão sobre o Carnaval

Eu sei, eu sei: o carnaval já passou, a quarta-feira de cinzas também e eu continuo a falar sobre a "festa da carne", não é? Sim, continuo. Persisto por saber que há muitas teorias por aí, para tratar de entender a festa popular brasileira. Popular? Uns acham que sim, outros não; uns acreditam que vale a pena a festança, outros não e por aí vai a discussão em torno do carnaval.

Lembra-se do vídeo postado aqui, mostrando o comentário pessoal da jornalista Rachel Sheherazade? É por isso que continuo a tocar no assunto, por que há muito assunto a ser discutido. Quanto mais visões diferentes acerca do carnaval, melhor para formarmos a nossa opinião a respeito.

Abaixo, um texto do Arnaldo Jabor, publicado no jornal "O Estado de S. Paulo", dia 08/03/2011, Caderno2, apontando visão diferente a da jornalista Sheherazade.


"O delirante carnaval da democracia"

[...] nos últimos dias, vendo as massas pulando nas ruas de Salvador, Recife e Rio, fiquei pensando: como é que pode? O que faz milhares de foliões se jogarem nas ruas como estouros de boiadas, o que será que provoca tanta fome de samba, de riso, de porres, de sexo em flor? Este ano, há blocos que congregam mais de 400 mil participantes, 400 mil dançando na orla do Rio, em um delirante comício de felicidade.[...].

[...] O carnaval oficial tinha virado um produto de mercado, um merchandising de bicheiros, uma festa para ‘voyeurs’, para turistas, inclusive para brasileiros – turistas de si mesmos.[...].

[...] Era impossível a alegria popular com 2.000% de inflação ao ano, na década de 80. Creio mesmo que essa enchente de povo se forma a partir da estabilização da economia em 94 e da maré em nossa direção, com o capital internacional dirigido aos países emergentes. Aos poucos, o País retomou sua autoestima e, especialmente no Rio, ela cresce nos últimos tempos, com o melhor controle da criminalidade e com o fim dos governos sórdidos que jogaram a cidade no buraco.[...].

[...] nossas massas encheram a cidade. Sem comparações esquemáticas, sente-se o renascimento de um desejo gregário, até de contato físico entre as pessoas, uma explosão de liberdade e de encontro que nos leva a concluir que houve uma democratização da convivência, um irresistível desejo de existir em comunidade.

Há mesmo um secreto desejo de viver e morrer numa fervente multidão-formigueiro, onde todos virem um grande ‘um’. Creio também que isso reflete o movimento atual da vida social que se organiza cada vez mais em rede [...]. Agora a vida social tem uma dinâmica interna, intramuros, congregadora e não apontando para um futuro feliz ou infeliz. Não mais utopias e nem mesmo distopias, que são finalismos ao avesso. Não. Agora o movimento é no presente, é centrípeto, cerrando contatos e intimidades. Ouso dizer que os blocos e as multidões do carnaval de hoje têm o desenho de um ‘Facebook’ de carne viva [...].

[...] Assim como o Círio de Nazaré congrega milhares pela esperança e fé, como um martírio triunfal, assim como o futebol congrega torcidas pela vitória de uma camisa, o carnaval de hoje me parece a conseqüência da democracia e do crescimento econômico do País.[...].

[...] Somos um povo esquisito, todo nu, pulando como malucos para espanto risonho do mundo ‘civilizado’. Muito bem. Pois, acho o carnaval nossa marca e nossa grandeza. Como pode o mundo achar o carnaval uma loucura, este mundo irracional de Kadafis e ‘tea parties’, de bombas ‘clean’ contra bombas sujas? É melhor entender o Brasil através do carnaval do que ver o carnaval como um desvio da razão. O carnaval nos vê. Sua razão sacana nos ensina mais que estas ‘moralidades críticas’. [...] O carnaval mostra a matéria de que somos feitos. [...].

[...] Nosso carnaval mostra que o Inconsciente brasileiro está à flor da carne. [...] Talvez o carnaval seja uma doença salvadora, uma epidemia de ‘desbunde’ de que o mundo precisa, por só conhecer a guerra, a velocidade e o mercado cruel.

Na razão do carnaval existe algo mais além da imoralidade; há uma santidade nesta explosão de carne que não se explica. [...] A ‘razão perversa’ é a razão do carnaval. Não a perversão como ‘pecado’, mas como mímica de uma liberdade, como a busca de uma civilização ‘não civilizada’, de um retorno a uma animalidade perdida e, no entanto, pulsante.

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