4 de março de 2011

Saúde frágil da saúde brasileira

A situação da saúde pública e privada no Brasil está e sempre foi preocupante. Continuará a ser? Com certeza. Até o momento não há nenhuma manobra em sentido inverso para conter a péssima qualidade em que encontra-se a saúde: com saúde debilitada.

Fico a imaginar quem está com uma doença crônica, incurável, ou que necessite de uma cirurgia delicada e não possui um convênio médico decente para se tratar adequadamente. Deve sofrer pouco, não é verdade?

Quem tem grana e quem se aproveita e usurpa do dinheiro público, como muitos dos nossos parlamentares, interna-se no Sírio-Libanês, Albert Einstein entre outros hospitais-modelo e conta com seguradoras, convênios e assistências "tops de linha" da indústria e comércio da saúde, que devem lucrar à rodo. Quem não se encaixa nos dois grupos citados, sofre quando precisa apenas de uma enfermaria para uma simples inalação.

E tem outra problemática na história. Quando conseguimos agendar alguma consulta, falar com um médico, às vezes, (ou quase sempre?), o profissional lhe trata rispidamente, é displicente e, pra piorar, irresponsável para com a análise de exames laboratoriais solicitados e medicamentos prescritos. Pasme: isso tudo em hospitais particulares, cujas consultas custam, em média, de 200 a 400 reais, excetuando, deste valor, os exames.

É triste, revoltante, angustiante, preocupante e todos os demais predicativos que devem ter passado por sua cabeça ao refletir sobre a frágil saúde da saúde brasileira.

Exemplificarei a contenda com episódio pessoal.

Desde janeiro deste ano, tenho tossido sem parar. Peito cheio, rouquidão e expectoração excessiva. Até então, estava tranquilo, evitando procurar um médico, por causa da ausência de febre. Mas, por precaução, agendei uma consulta particular para saber o estado da minha saúde.

Chegando ao "Hospital XYZ", no Centro da cidade de São Paulo - não citarei o nome, mas deveria - paguei um valor alto pelo atendimento médico e exames. A médica me examinou, analisou os exames solicitados e disse-me que estava bem, com pulmões limpos, muito bons etc e tal. Prescreveu uns antialérgicos e mais nada. Voltei pra casa e fiz uso dos medicamentos. Após uma semana, obtive uma pequena melhora. Fiquei assim por exatos 7 dias. Depois, tudo voltou à estaca zero. Só que agora, meu estado começou a piorar, tendo quadros de falta de ar e febre, inclusive.

Assim sendo, corri ao primeiro posto de saúde mais próximo a minha casa. Haja vista que não teria condições de arcar, mais uma vez, com um valor alto. Lá chegando, recebo a informação de que só há atendimento àqueles que agendam antecipadamente a consulta e emergência, só em um posto AMA - Assistência Médica Ambulatorial. Que nome bonitinho, não acha? Só o nome! Foi o que fiz. Andei alguns quilômetros até chegar ao bendito AMA. Cheguei ao destino e, para a minha surpresa, tive a mesma resposta do primeiro posto visitado. Só que desta vez, indicaram-me o hospital público da região.

Tal situação irritou-me profundamente e me fez correr para os braços dos hospitais particulares, de novo. Haja dinheiro que não tenho! Contudo, nessa ocasião, fui a um hospital na periferia de São Paulo, pagando 93% a menos do que na primeira vez. A unidade médica possuía instalações precárias e organização nada recomendável, porém, um atendimento mais humano e assertivo. Expliquei toda a situação e mostrei meus exames ao novo médico. Ele desmentiu todo o disgnóstico da médica anterior, dizendo que os meus pulmões estavam carregadíssimos: princípio de pneumonia. Recomendou-me anti-bióticos, xarope, inalação e repouso.

Resumindo: paguei caro, inicialmente, por um atendimento médico irresponsável. A brincadeira ao visitar a médica de mentirinha, poderia ter custado a minha vida. E, se dependesse dos hospitais e postos de saúde públicos, talvez nem teria recebido um mau atendimento, pois nem atendimento receberia.

E outra, o primeiro hospital não era qualquer hospital. Não chegava ao estilo Albert Einstein de ser, voltado às classes abastadas, mas ERA de referência. Era. Paguei para ficar mais doente.

Esse é apenas UM dos VÁRIOS EPISÓDIOS PROBLEMÁTICOS pelo qual passa a saúde em nosso país. O que relatei não chega a ser alarmante se compararmo-lo com os grandes erros médicos, negligência, falta de leitos em hospitais etc, etc, etc... Tenho convicção de que há casos mais graves. Entretanto, todos já estão em demasia e nos deixam atordoados, fazendo-nos perguntar: até quando precisaremos mendigar por um atendimento médico digno dos impostos pagos todos os anos?

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2 de março de 2011


É ASSIM, MESMO?

"Dilma é apenas uma funcionária pública de terceiro escalão que fará um governo parecido com o de Lula, mas com menos graça, menos cor".

Diogo Mainardi
Em entrevista à revista Serafina

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28 de fevereiro de 2011

A verdade, somente a verdade.

Caro leitor,

Atualmente estou lendo o livro "Contra Um Mundo Melhor - Ensaios do Afeto", do escritor Luiz Felipe Pondé, o qual indico. Ao longo dos capítulos, você se surpreende com sua narrativa e conteúdo expostos de forma clara, objetiva e que lhe sufoca e faz refletir sobre tudo e todos ao nosso redor.

É fascinante e chacoalhante, uma vez que o autor "vomita" todo o seu asco acerca da pequenez humana. Grita em nossa cara, ao esfregar a(s) verdade(s), muitas vezes escondida(s) por causa da hipocrisia, falsidade, desumanidade e do puritanismo ignorante e imprestável dos homens de boa e má vontade.

Abaixo, um dos 32 capítulos que vem para incomodar e nos cutucar diante da "real realidade" que bate em nossa porta. Vale a pena prestigiar a obra de Pondé, que escreve, como ele mesmo afirma, "contra um mundo que mente sobre si mesmo".

É neste mundo em que vivemos. E, claro, a política é mola propulsora da vida vivida neste planeta. Graças a ela há mais fracassos e poucos sucessos. O interessante é saber que ainda existe o sucesso advindo de tal "nobre" prática humana.


Capítulo 22 - Cotidiano

"Não acho que tenhamos mudado um milímetro desde a experiência nazista. Naquele momento, muitos europeus colaboraram com o massacre não apenas porque odiavam as vítimas dos nazista (nem precisavam odiá-las, isso seria até demais pensar), mas apenas pelo amor ao cotidiano. [...]A covardia e o amor à rotina acomodam mais os homens ao crime coletivo e social do que a força das ideias. Em nome de um emprego melhor, em nome de sentir menos medo diariamente, em nome de conseguir melhor qualidade de vida, aceitamos qualquer crime.[...]Estamos sempre dispostos a nos calar quando um jantar a mais é garantido. O comportamento moral comum é mais decidido em nome de uma noite tranquila e um dia monótono do que em nome de qualquer ideia de justiça que algum dia alguém escreveu.[...]".

Fonte: Fragmento retirado do livro "Contra Um Mundo Melhor - Ensaios do Afeto", de Luiz Felipe Pondé, páginas 146/147.

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24 de fevereiro de 2011

Bando de incompetentes!

Por que é tão difícil para o governo reconhecer sua incompetência?


O povo já sabe e reconhece a tal classificação, só que ainda não se atentou à força que possui nas mãos, na garganta, na caneta e na internet, capaz de destronar qualquer representante metido à monarca do poder. Atentar-se ao que tem ocorrido no mundo árabe. É um exemplo. Sei que a ótica é outra por lá, contudo, a ação, a vibração popular poderia contaminar os de cá, em terras tupiniquins.

A população já reconheceu a incompetência dos nossos políticos, menos os próprios. Ou, até mesmo eles tenham reconhecido também, mas, para os excelentíssimos, não faz diferença alguma. Continuarão a receber seus altíssimos salários, agora, muito bem reajustados: 62% de aumento. Enquanto isso, o salário mínimo obtém aumento real de 0,37%.

Veja a disparidade: 62% versus 0,37%. É pra rir ou pra chorar?


Continuaremos a sustentar a inutilidade parlamentar, arcando com os árduos ônus sobre nós, cidadãos brasileiros, até quando?

Suportaremos por mais quanto tempo o descaso, as recorrentes falhas travestidas de incompetência política e inação popular? Já não são mais novidades os episódios do ENEM, a frágil infraestrutura dos aeroportos que prolonga o CAOS AÉREO, os APAGÕES, cujas "quedas temporárias de energia elétrica" fazem parte do nosso dia a dia, os DESLIZAMENTOS DE TERRA, SOTERRAMENTOS causados pelas ENCHENTES todo ano e por aí vai.

O pior de tudo é que os nossos representantes pensam que somos trouxas. Enrolam-nos com desculpas esfarrapas quando os problemões (re)aparecem. Aí você escuta que choveu demais, há invasões demais, FURNAS apresentou uma interrupção de transmissão por medida de segurança e bla-bla-bla.

Às vezes tenho de concordar com o pensamento dos nossos parlamentares: somos todos trouxas por aguentarmos tanto arrocho, sem sequer soltarmos um mísero "Político Corrupto", na cara de quem, de fato, precisa ouvir tais palavrinhas.

Reconhecer a incompetência é um primeiro passo. Gritar, o segundo.






BANDO DE INCOMPETENTES!

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