27 de janeiro de 2011

Em prol do(s) libertário(s)

"O que não sabe é um ignorante, mas o que sabe e não diz nada é um criminoso."
Bertold Brecht

Com essa frase inicio o post para falar sobre o impacto Julian Assange. O quão criminoso é esse tal "divulgador de informações sigilosas"?

Quiséramos nós se tivéssemos um Assange para mostrar os bastidores, podridão, vergonhas, curiosidades, mistérios, vexames e CRIMES dos governos brasileiros que passaram e do que acabou de chegar, não é verdade? E olha que o Brasil tem muita informação útil à sociedade a ser imediatamente escancarada que, infelizmente, está sob segredo de Estado. O que é uma pena! Sobre isso, basta tocarmos numa ferida chamada documentos ultrassecretos e arquivos da Ditadura Militar.

Imagine quantos dados sigilosos e vergonhosos estão segredados nos porões do Ministério da Casa Civil, Itamaraty, Ministério da Defesa, Forças Armadas, Agência Brasileira de Inteligência - ABIN... Precisamos ter acesso aos documentos. Eles devem vir à tona. Cadê o nosso Assange, quando mais precisamos de um?

Os arquivos PRECISAM ser abertos e seus conteúdos divulgados a todos nós, principalmente aqueles referentes ao período ditatorial brasileiro. Merecemos ter acesso às informações. Temos de ter ao nosso lado uma Lei Geral de Acesso à Informação para que se aumente a transparência, combata-se, inclusive, a corrupção, haja o aperfeiçoamento da cidadania e para que tenhamos um serviço público de qualidade.

Por qual razão censurar documentos?
Quem e o quê estão tentando preservar?
O que há de tão "indivulgável" nesses arquivos ultra, mega, hiper-secretos?

Para essas perguntas, acredito que já conheça as respostas: atrocidades contra os direitos humanos; políticos carniceiros da "era de chumbo" que continuam ativos na política nacional e sem ressentimentos; confirmações das torturas e torturados e por aí vai. Uma vergonha!

Segundo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os documentos sobre a Ditadura Militar no Brasil já foram todos eliminados. Será? Pode ser que ainda existam alguns por aí em mãos anônimas. Que tal uma olhadinha em porões de igrejas, pra começar? Em São Paulo há tantas delas.

Não somos merecedores de conhecermos a(s) verdade(s)?

Aposto que existem muitas informações em sigilo que acabariam com a economia e política de um país, levariam indústrias, petrolíferas e empresas à falência, exilaria políticos e alguns cidadãos "comuns", enfim, causaria danos irreparáveis. Contudo, a verdade e o conhecimento acerca do mundo real seriam instaurados, o que ajudaria-nos a entender muita coisa ao nosso redor.

Já pensou se descobríssemos, por exemplo, - eu disse POR EXEMPLO - que os remédios genéricos não possuem 100% da sua fórmula original? Ou que há uma solução prática e inteligente para tornarmo-nos uma potência sustentável em energia, sem precisarmos mais da PETROBRAS, ELETROPAULO, FURNAS e ITAIPU?

É por essas e outras que precisamos de um Assange brasileiro, ou, quem sabe, até ele mesmo poderá vir a contribuir conosco. "Talvez o Brasil seria um bom país para que coloquemos parte de nossas operações", informou.

A briga entre Segredo de Estado e Liberdade de Expressão continuará e tende a ser ampliada, graças a essa possibilidade da era digital que se materializou num site chamado Wikileaks. Não há mais segredos bem guardados.

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25 de janeiro de 2011

Ser e estar São Paulo

São Paulo, 457 anos e ainda é uma moça! Tem muito a aprender, construir e a conquistar, até atingir a maioridade.

A cidade precisa e merece ser abraçada, ouvida, servida e sempre compreendida, por mais difícil que isso possa ser e representar. Tudo o que ela quer e pede, hoje e sempre, é mais atenção!

As carências deixam-na acinzentada, desfalecida. Mas ela é forte, autossuficiente e independente. E em todos os 25 de janeiro mostra que é capaz de seguir adiante, mais, mais e mais no caminho do progresso.

Em cada comemoração de aniversário, suas cores retornam e as torna mais viva, fazendo-nos sentir orgulho de ser e estar São Paulo.

Quanta magnitude!

Conduz soberanamente e, o mundo que aqui vive, reconhece. Padece? Padece, um pouco, só quem admite ser normal numa grande capital de loucos: cidadãos incansáveis do cansaço de ser e estar São Paulo.

Sampa é complexa. Uma terra de contrastes. É o retrato resumido de um país, de um mundo, de uma raça.

A 4ª maior cidade do mundo, a 1ª da América Latina e a mais rica do Brasil fascina, emociona, entontece, enlouquece, entristece, aprisiona, liberta, acoberta, desperta, amedronta e traz à tona nossas mais intensas sentimentalidades.

São Paulo "é o mistério profundo, é o queira ou não queira;
é o pé, é o chão, é a marcha estradeira;
é a chuva chovendo, é o vento ventando;
é a luz da manhã, é o tijolo chegando;
é um passo, é uma ponte;
é um espinho na mão, um estrepe no pé;
é uma febre terçã;
é a viga, é o vão...


...É A PROMESSA DE VIDA NO TEU CORAÇÃO".


Parabéns, São Paulo!


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24 de janeiro de 2011



Saiba que...


... o governo brasileiro não sabe quantas áreas de risco há no país. No ano passado, 893 desastres naturais foram notificados à Defesa Civil nacional. Em 2009, foram 1.408. A União desconhece o número de defesas civis municipais.

12,4 milhões de brasileiros moram em assentamentos precários, de acordo com o Censo 2000.
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"No caso da tragédia do Rio, é só somar 1 + 1 + 1 e o resultado inexorável será a incompetência do poder público e o retrato de um país que tem mais de submergido que de emergente."
Clóvis Rossi

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22 de janeiro de 2011

"O grande nó está na política"

Ano novo, enchentes novas. Melhor dizendo, ano novo, problemas velhos e já bem conhecidos pela população. Algumas regiões alagadas continuam a fazer vítimas como no ano passado e continuarão a fazer. Outras são novidades, mas que deixarão de ser, logo no ano seguinte, quando retornarem.

É vergonha dupla essa situação, pois nos envergonha e repercute negativamente no exterior. O mundo inteiro está abismado com a tragédia na região serrana do Rio de Janeiro, em várias cidades do estado mais rico do país, inclua-se aí, a capital paulista, Minas Gerais e em demais localidades da federação.

A tragédia está mais para crime a qualquer outra conotação. E os criminosos, você já deve saber quem são: nossos próprios representantes, aqueles em que deveríamos confiar para que pudessem evitar o perrengue vivenciado agora. Uma lástima, MAIS UMA VEZ.

O absurdo não chega a ser o número de mortes, que beira mais de 780, e os milhares de desabrigados, mas sim, a reincidência desse crime. Os corruptos, omissos e incompetentes que foram eleitos são os verdadeiros algozes e não as fortes chuvas que recebemos todos os anos. O descaso e a inação por parte do poder público deixam qualquer um perplexo e revoltado. Mas mesmo assim o Sérgio Cabral foi reeleito, a Dilma foi eleita, o Tiririca foi eleito...

Vi um especialista em enchentes e em demais “desastres naturais”, numa das tantas e tantas reportagens que estão pululando por aí, afirmar veementemente que o culpado pelo o que houve é, e sempre foi, o governo. Ou pior, os governos. Nenhuma surpresa, não é mesmo?

Falta vontade política dos nossos representantes para uma ação eficaz pró-população a vários problemas - além das enchentes - que assolam nosso Brasil. E falta interesse em política dos cidadãos-eleitores para enxugar os corruptos do cenário político.

Enquanto esse mal, chamado corrupção, não for expurgado da política nacional – o que é muito difícil – ou amenizado – o que é possível – sai ano, entra ano, continuaremos a presenciar assassinatos como os da região serrana do Rio.

Marina Silva, certa vez, soltou uma frase ao longo de sua campanha à presidência que serve de reflexão a todos nós, principalmente agora, quando vivenciamos acontecimentos desagradáveis. Ela disse na época que “o grande nó está na política, porque é nela que se decide a vida coletiva, se traçam os horizontes, se consolidam valores ou a falta deles.”

Nossas vidas estão em jogo e nas mãos de jogadores um tanto quanto desprovidos de valores. Cabe a nós darmos outro rumo a isso. Afinal, “a política é muito importante para permanecer somente nas mãos dos políticos” e as nossas vidas, também.

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