Ainda há salvação!
Há ainda alguns homens públicos do bem que trabalham em prol da sociedade brasileira.
Um deles, merecedor do nosso respeito - apesar de ter feito nada mais que o seu trabalho - é o ministro do STF - Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Brito, responsável por suspender o artigo 45 da Lei Eleitoral nº 9.504/97, a qual veda, a partir de 1º de julho de ano eleitoral, "trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação."
A suspensão é uma vitória para a democracia, pois tal lei, desnecessária e ridícula para a Era das Diretas, colocava em risco a liberdade de imprensa.
"Era censura sim. E a demora [de cancelar a legislação] significaria um prejuízo até irreparável para a liberdade de imprensa, porque o humor é atividade de imprensa. É a conjugação da opinião crítica e a arte. É algo que contribui muito para o fortalecimento da democracia", disse Ayres.
Será que alguém, em sã consciência política, diria que a lei não era um cala a boca imprensa? O "cale-se", mais uma vez?
Se não fosse pela pressão popular e manifesto dos comediantes acerca da injustiça que estava (re)imperando, os programas humorísticos continuaraim com a boca fechada sem poderem criticar, de forma lúdica e sadia, àqueles que pleiteiam cargos eletivos no Brasil, intuindo nos representar.
Já se foi aquele tempo em que diziamos "amém" aos cambalachos e manipulações daqueles com sede e fome voraz pelo poder, que impunham sua forma de governar à força, sufocando nossa liberdade de escolha.
Repudiamos ser obrigados a tomar mais um gole de vinho tinto de sangue servido num cálice. Censura, não!
Só para lembrar, já assinou o feeds?