Poderes que não podem: ladeira abaixo!
Só para lembrar, já assinou o feeds?
Já dizia o ditado: "Violência gera mais violência". A violência, seja ela física ou verbal, não leva a nada, no sentido de solução dos problemas - de qualquer problema.
Mas a violência gera medo - um dos instrumentos eficazes de governo. A violência atemoriza a sociedade, que fica reticente em se destrancar das celas de seus lares para sair às ruas para trabalhar, estudar, se divertir e, por que não, para protestar contra um determinado governo!?
Eis a mágica da violência: adestrar, amansar o povo, que é detentor, por direito, do Poder. E o governo, sábia e ironicamente, ressuscita um tal AI-5 (Ato Institucional proclamado no auge da Ditadura Militar, em 1968, pelo Ditador Costa e Silva). Estratégia eficaz, não é mesmo?
Sabemos que a violência é o carro-chefe do governo atual. Isso é inegável, haja vista a campanha contra o desarmamento civil, o polêmico excludente de ilicitude (licença para matar), as GLOs (Garantia da Lei e da Ordem), o debate da posse e porte de armas de fogo, o enaltecimento do período ditatorial, que para eles foi uma Revolução necessária contra os famigerados comunistas de outrora, e o apreço a célebres torturadores, com direito a homenagens e honrarias a um tal Ustra - o carniceiro.
Há uma vontade louca desse governo de "botar para quebrar", e o quebrar aqui entenda como ato violento para, literalmente, quebrar a cara dos opositores, aniquilando-os. Isso é novidade no regime democrático vigente. Nunca se viu tamanha sede por tiros, sangue, mortes num governo eleito democraticamente.
Essa vontade beira ao fanatismo dos seguidores de Boçalnaro, chamados de bolsominions, que querem porque querem, pelo menos, uma garantia de salva de tiros livremente na Avenida Paulista num domingo de protestos em família - aquela família belíssima do comercial de margarina.
Conclamar a população para ir às ruas protestar pacificamente contra os mandos e desmandos de um governo ruim, como o que aí está, é questão de honra, cidadania, civismo, dever e direito popular. Agora, conclamar o povo a fazer arruaça e protestar violentamente também não é o correto, não é mesmo Lulla?
O povo não pode ser ameaçado com um revival do AI-5! O povo não pode ser ameaçado de maneira alguma, sendo impedido de protestar nas ruas. Para essas sandices, temos de protestar, sim. Sair às ruas e responder em alto e bom som ao governo que estamos insatisfeitos.
Mas esse mesmo povo não pode ser massa de manobra e se tornar gângster, ateando fogo nas ruas em atos de violência, à la blackblock, para atingir ou derrubar o governo, porque ele não sentirá o calor das tochas. Por isso, eu digo: violência com violência é igual a - apenas e tão somente - mais violência.
A terceira via política está cada vez mais distante de nós e da realidade política no País.
De um lado, Bolsonaro com sua extrema direita, destruindo o Brasil; do outro, Lula com sua extrema esquerda, detonando o País da mesma forma. De extremismo em extremismo, vamos perdendo a sanidade, a estabilidade política e a normalidade do debate político.
Infelizmente, há sempre uma polarização que se impõe e dificulta o crescimento e amadurecimento do País. É dessa polarização que devemos urgentemente nos afastar, porque nenhum lado deste jogo abrirá a porta nova para as mudanças benéficas das quais a sociedade brasileira precisa.
Antes, tínhamos no embate a polarização PT x PSDB, inimigos ferrenhos. Hoje, com o tucanato na lona, lutando para não ser desintegrado ou unificado a outros partidos, temos Bolsonaro e o combalido PT, desgastado pela prepotência e arrogância de um líder que se acha o mais honesto do Brasil, mesmo tendo sido condenado em segunda instância por corrupção.
Chega! Queremos e merecemos uma terceira via decente, preocupada, de fato, com os rumos que o País está tomando; preocupada, verdadeiramente, com os percalços sociais; uma terceira via mais humana, sensata e correta no trato público.
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