8 de fevereiro de 2015

A ponta do enorme iceberg

Ouvi, no mês passado, o depoimento abaixo de um empresário, que estava em uma conversa informal com dois outros colegas. Leia-o e depois responda: há como não concordar com o ponto de vista exposto? 


"Tudo o que está acontecendo ao nosso redor, sobretudo na política, pesará muito mais nos próximos dois, três anos. O comprometimento desse pessoal com a corrupção está tão forte, que já começou a refletir na Economia. E aí, quando entram pessoas sérias, com perfil técnico na área econômica, com propósitos e objetivos claros para organizar a casa, precisam reajustar tudo: energia, transporte, gasolina etc... 

Então, meus amigos, a perspectiva para a população não é boa, principalmente para os mais pobres, dependentes dos programas sociais do governo federal que reelegeram Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores para mais quatro prejudiciais anos.

Há, também, outra problemática, com relação ao mercado de trabalho. Eu vejo muito êxodo de bons profissionais no País. Se não estão saindo agora, para o exterior, já estão se preparando para isso, porque o Brasil não tem privilegiado e investido em sua própria mão de obra e qualificação profissional dos seus trabalhadores.

Além disso, o empresário hoje, para investir no País, tem pensado duas, três vezes. A população, passado o período eleitoral, começa a reavaliar suas escolhas políticas e está chegando à conclusão de que o PT é igual ou até pior do que os demais partidos. Uma das razões é o baixo retorno que temos dos impostos pagos. 

Em Londres, se você tiver qualquer problema de saúde, como uma dor de ouvido, pode ligar para uma distrital [posto médico], dizer os sintomas e já receber, por telefone, os procedimentos que deve seguir no tratamento. O médico orienta: “Tome o remedinho tal e, se em três horas não melhorar, venha até o posto para ser examinado”. Você acha que isso daria certo no Brasil? Jamais! Sabe por quê? Porque não há planejamento e vontade política. É desanimador! 

Em bate-papo com amigos, todos dizem que se forem a fundo na Operação Lava Jato, conseguirão estourar algum processo político sobre a presidente, ainda no primeiro semestre deste ano. Acho difícil, porque o Mensalão ficou por isso mesmo e o Lula saiu mais forte desse escândalo abominável. O Petrolão também deixará a Dilma fora de problemas. É Brasil, meus caros!

E tem outra: o problema maior não é a Lava Jato, está no BNDES. Na hora em que estourar o BNDES, meus amigos, não sei se terá alguém para apagar a luz. 

Estou muito preocupado!"


Se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende se candidatar à Presidência, em 2018, é recomendável intensificar sua estratégia de marketing para se desvincular da imagem da presidente Dilma Rousseff. A situação política e econômica do País está ficando incômoda para o PT e ao governo, reflexo da incompetência administrativa que sempre foi a marca de quaisquer gestões petistas, uma vez que responsabilidade e respeito para com o erário nunca foram pautas palatáveis aos vermelhos.


Algumas dicas de estratégias que podem funcionar para o projeto 2018:

:: Dilma e Lula em silêncio total, optando pelo ostracismo;
:: Depoimento zero à imprensa acerca de quaisquer assuntos delicados, como o Mensalão, o Petrolão, o Pibinho etc.;
:: Rompimento fictício de Lula com Dilma. Ou seja, martelar por aí que o ex-presidente discorda de todas as manobras de sua própria criatura;
:: Culpar apenas o PT;
:: A saída de Dilma e Lula do Partido dos Trabalhadores, no melhor exemplo do ex-presidente Itamar Franco.

O "Zeus-Lula" jamais poderá cair do Monte Olimpo; em hipótese alguma ele deverá ser considerado um mero mortal, passível de erros crassos no meio político. Que façam o diabo para proteger a imagem da vossa majestade...

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26 de janeiro de 2015

P E R I G O  IMINENTE!


"Apenas 1 de cada 7 habitantes do planeta vive em países que respeitam a liberdade de expressão"

Dados do debate promovido pelo International Media Council do Fórum de Davos 2014

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28 de dezembro de 2014

É ASSIM, MESMO?


"'Entre as deformações do sistema democrático', ensina-nos a Doutrina Social da Igreja, 'a corrupção política é uma das mais graves porque trai, ao mesmo tempo, os princípios da moral e as normas da justiça social; compromete o correto funcionamento do Estado; distorce na raiz a função das instituições representativas.'"


Dom Raymundo Damasceno Assis
Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em artigo publicado, no jornal Folha de S. Paulo, em 28/12/2014, no caderno "Tendências e Debates".



É por isso que devemos sempre MUDAR e optar pela ALTERNÂNCIA DE PODER, sobretudo quando assistimos incrédulos a corrupção corroendo nossas riquezas e caráter nacional. 


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21 de dezembro de 2014

Criancinhas do meu Brasil, cresçam!

Um ano e dez meses depois, cá estou eu a publicar uma nova postagem. Muito tempo hibernando, não? Peço desculpas aos poucos leitores que acompanhavam o Seu Anônimo no período “aquecido” de 2010, 2011 e um pouquinho de 2012, mas é que a política, ultimamente – ou sempre? –, me tem deixado de péssimo humor. É um misto de revolta, decepção, raiva e desânimo que me engessaram e paralisaram, fazendo com que houvesse um bloqueio do meu grito de protesto. Tentarei, a partir de hoje, estar mais presente por aqui.

E para recomeçar, voltemos a 2013...

Antes do famigerado bordão “O Gigante Acordou” ecoar pelo Brasil, já vínhamos percebendo diversos grupos de jovens “pró-política-decente” se organizar, cobrando respeito, fichas limpas e o fim da roubalheira em nosso país, com pequenas manifestações aqui e outras acolá. Até que, enfim, chegou o “Dia D”, mais precisamente 13 de junho de 2013, uma data marcante para a política nacional, que relembrou o movimento dos “Caras Pintadas”. A classe política estremeceu! Após anos e anos em silêncio, o anestesiado povo brasileiro recuperou-se e foi para as ruas protestar.

Belíssimas imagens de jovens com as cores do Brasil, levantando cartazes que exigiam nova postura dos governantes foram vistas pelas principais ruas e avenidas de grandes cidades; pessoas de várias classes, cores e religiões gritavam palavras de ordem, marchando rumo a MUDANÇAS, impedindo o aumento da tarifa do transporte público, que subiria de R$ 3,00 para R$ 3,20, e, também, pedindo o cancelamento da Copa do Mundo de Futebol.

“Copa, o caralho! Educação, saúde e trabalho!”, gritavam os estudantes na avenida Radial Leste, em São Paulo. Em Brasília, a invasão ao Palácio do Planalto: uma das cenas mais surpreendentes e emocionantes já vistas. Acho que vale repeteco, galera! De fato, a classe política tremeu na base. A presidente Dilma Rousseff precisou entrar em cadeia nacional para tentar costurar um acordo e apaziguar os ânimos. Sua popularidade despencou, e o sonho da reeleição começava a ir por água abaixo.

Pois bem, as manifestações, toda a grita, os protestos, a pressão da massa e todo o caos gerado em busca por MUDANÇAS foram úteis momentaneamente e resultaram em apenas um benefício à população: o congelamento das passagens de ônibus e Metrô. 

O acordo presidencial minguou. Dele, só o tal “Mais Médicos” vingou, mas trouxe consigo a ineficiência estampada por mais médicos (cubanos) e menos saúde aos brasileiros.
E os resultados eficazes, com sustância, de toda a luta de junho e julho de 2013, dos quais exigíamos nas ruas, não apareceram, porque a Copa-Circo chegou e os brasileiros vibraram, mesmo com o medíocre futebol jogado. Vaiaram a presidente na abertura? Sim! Mas de forma deselegante e desinteressada, sem conteúdo... E assim, mais uma página política foi virada e o povo se esqueceu – ou não quis se importar – com o rumo tomado pelo País.

Dilma recuperou sua popularidade, a oposição acordou tardiamente, e a eleição deste ano, o senhor leitor já sabe no que deu: presidente, governadores, fichas sujas e palhaços reeleitos, mesmo com economia ridicularizada, investidores indo embora do País; escândalos e mais escândalos nas estatais, a começar pela Petrobras; deslizes na condução das políticas públicas, como o descontrole da inflação, entre outras vergonhas que continuarão a ser realidades nos próximos quatro anos, graças a você, eleitor, que perdeu a oportunidade, mais uma vez, de por um fim no continuísmo.

Ou seja, que mudança é essa que o brasileiro tanto exigiu nas ruas, se tudo permaneceu e nada, nada efetivamente mudou? Não consigo entender qual é a do brasileiro. Tudo o que ocorreu em 2013 foi uma grande encenação, brincadeirinha de criança mimada?

Criancinhas do meu Brasil, cresçam! Vamos protestar, manifestar e agir com profundidade, fundamentos e posturas inovadoras. MUDAR, mudar sempre – mesmo que o outro não seja assim tão bom quanto merecemos – é o segredo para oxigenar e manter uma democracia sadia.

Sonho com o dia em que a música de Renato Russo, composta em 1987, “Que País é este?”, deixe de ser tão atual, desnudando a realidade brasileira.

2018 já começou! 



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