6 de fevereiro de 2013

A gente se acostuma; a gente permite!


Renan Calheiros voltou!

Alguma surpresa? Nenhuma, caro leitor. Ne-nhu-ma. A surpresa seria se ele não fosse (re)eleito para assumir o cargo de presidente do Senado. Mas acredito que o excelentíssimo esteja no lugar certo de destaque, afinal, dentre tantos tortos, Calheiros é o que mais envergado está. Ou seja, elegeram aquele que melhor representa a maioria da Casa. Diante dos "aprendizes" , há sempre um mestre, e é ele quem melhor personifica o estado lamentável de uma das mais respeitadas casas do poder público nacional.

É difícil engolir um resultado vexatório como esse, diante de conquistas valiosas como a Lei da Ficha Limpa;

É difícil ser obrigado a aceitar o inaceitável;

É difícil olhar para representantes que não falam a mesma língua dos representados.


Há uma nítida distorção daquilo que realmente está em representação.

Sinto asco ao ver e/ou ouvir o sarcasmo, o cinismo, a lambança com o dinheiro público, o desrespeito, o desinteresse, a cara de pau e os frequentes "dane-se" vindos dos oportunistas do Senado e da Câmara dos Deputados. E aí me vêm as seguintes indagações:

Por que tentar fazer política é tão difícil?

Por que os políticos caem, frequentemente, em tentação, sacrificando a população brasileira que já há muito tempo é escravizada e está anestesiada e calejada de tanto levar bordoada, como essa desgostosa notícia de um Renan Calheiros na presidência do Senado?

Antigamente, "aceitávamos" o cale-se por imposição, às custas de paus e pedras ateados por militares. Hoje, aceitamos o cale-se por comodismo, pela escravidão que não nos permite pensar adequadamente, por causa da raiva em estar de mãos atadas frente a um tal Calheiros (acusado de peculato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos) e tantos outros que envergonham o Estado.

Antes, o nosso grito surtia o efeito esperado; aguentávamos chumbo grosso, mas atingimos o nosso objetivo. Atualmente, a nossa opinião é inaudível e os nossos votos, um fracasso.


QUER O IMPEACHMENT DO RENAN? 
Então, assine a petição on-line do Avaaz! Clique aqui e ajude a limpar um pouquinho o Senado Federal.

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16 de janeiro de 2013

Saiba que...




Alguns candidatos andam oferecendo presentes bem estranhos para estimular eleitores a votar. 


1) Minigarrafas de uísque e uma carona grátis para a sessão eleitoral em Albuquerque, Estados Unidos;

2)Pacotes de maconha para fins medicinais em Los Angeles;

3) Saquinhos de cocaína anexados a panfletos em Itacoatiara, Amazonas.

Vício eleitoral!

Fonte: Revista Mundo Estranho, janeiro de 2013 - edição 134 - página 74.

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25 de dezembro de 2012

Mensagem natalina da futura presidente

A nossa futura presidente, Marina Silva, que obteve quase 20 milhões de votos no primeiro turno das eleições de 2010, e que será candidata, mais uma vez, em 2014, escreveu o artigo abaixo no portal da Folha de S. Paulo, dia 21 de dezembro. 

Após a leitura, responda: há como não votar em Marina Silva?

Feliz Natal e um excelente 2013!

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"A criança entre nós"

Meu Natal mais triste foi há 24 anos. Estava muito doente, buscando tratamento em São Paulo, sentindo-me além dos limites da fraqueza, e, quando o telefone tocou, pressenti que a notícia era do assassinato de meu amigo Chico Mendes. Só mesmo a fé na vida faz com que a gente siga adiante e supere os dias difíceis. Desde o meio das matas até a periferia das cidades, vejo os brasileiros enfrentando intempéries seguros só na imensa capacidade que têm de acreditar. 

Nesta semana, revi Xapuri, num encontro com jovens ao qual também vieram velhos companheiros, sobreviventes de antigas batalhas. Fizemos um diálogo intergeracional, os jovens falando com música e teatro, nós, com nossas histórias. Quando o coral cantou "Noite Feliz", imaginei que tínhamos, agora, o bom Natal que nos foi negado há 24 anos. 

Essas comemorações cíclicas se dão em torno de um princípio cujo benefício se estende no tempo, uma fonte à qual precisamos sempre voltar para renovar as forças e não perder o sentido. O Natal é fonte de um sentido que às vezes julgamos perdido, quando a morte dos inocentes nos horroriza e nos empurra para a tristeza. Por isso, seu simbolismo é ainda mais necessário. 

Também os novos eventos (alguns já se tornam cíclicos) que fazem nascer e renascer o sonho da sustentabilidade buscam impregnar sentido à vida em uma civilização à beira da morte. Hoje, fala-se outra vez no fim do mundo e as catástrofes são cada vez mais frequentes. Há quem diga que a crise global não será superada e resultará no colapso dos novos impérios. Em tempos assim, a esperança é uma semente que se carrega com cuidado para que não se perca. 

Que se percam impérios, mas a humanidade renasça. Que se finde o mundo e outro comece. Que apague o fogo do consumo ansioso e acenda a luz de uma simplicidade consciente. A Rio+20 deixou claro que as grandes reuniões marcam, hoje, o fracasso institucional e a ascensão da sociedade civil e seus novos movimentos. Já não temos que ficar lamentando as crises, podemos projetar e engendrar novos experimentos civilizatórios. 

Que a sucessividade da vida, vencendo a constância da morte, nos traga no Natal uma fé poderosa que nos faça superar todos os "fins", retrocessos, desmontes, desconstruções, decadências e corrupções, para nos conectar ao princípio gerador de um futuro significativo e sustentável, pois, como diz Hanna Arendt, "os homens, embora devam morrer, não nasceram para morrer, mas para recomeçar". 

E diz ainda: "Essa fé e essa esperança no mundo talvez nunca tenham sido expressas de modo tão sucinto e glorioso como nas breves palavras com as quais os Evangelhos anunciaram a 'boa-nova': 'Nasceu uma criança entre nós'".

Marina Silva

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25 de outubro de 2012

Serra e Haddad? Preciso anular meu voto!

Após as surpresas do primeiro turno das eleições 2012, em São Paulo, quando o “já ganhou” Celso Russomanno foi eliminado da disputa, vem aí o segundo turno com dois candidatos fraquíssimos que não empolgam o eleitorado. A Cidade pode mais e poderia ter rompido com o status quo, buscando uma renovação, o novo de verdade. Infelizmente, nenhum dos dois postulantes - José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) - fará um governo forte, com mudanças essenciais das quais nós, cidadãos-eleitores, gostaríamos de vivenciar.

Eu não me vejo representado nem por Serra, muito menos por Haddad. Não me identifico com nenhum dos dois nem com suas propostas mirabolantes. E isso é ruim? Não! Sabe por quê? Porque há, ainda, uma forma de contestar o que aí está: anulando o voto. É vergonhoso e triste dizer isso, mas anular o voto é o que de mais sensato me compete fazer.O tucano e o petista podem até não ter bom senso, escrúpulos, decência, ética, compromisso com os paulistanos e com a "causa pública", mas eu, como eleitor, tenho. E é por essa razão que PRECISO ANULAR MEU VOTO. De todas as eleições que participei, nunca me ocorreu de não ter um candidato, contudo, dessa vez, minha consciência grita para agir assim.

Cansei de ver o Serra como o "menos pior" a ser votado num segundo turno. Sim, porque foi isso que ocorreu em 2010, quando o digníssimo se candidatou à Presidência da República. Agora, mais uma vez num second round eleitoral, ele não será eleito... ou melhor, a parti de agora, não se elege nem para síndico de condomínio da CDHU. O meu pensamento para essa hecatombe tucana explica-se na fala do vereador eleito Mário Covas Neto: "o PSDB perdeu a oportunidade de lançar um nome novo para São Paulo". Perdeu mesmo. O Bruno Covas era um dos pré-candidatos que poderia emplacar uma liderança boa e uma briga "bonita" de se ver entre Haddad, Chalita e Russomanno, logo no primeiro turno. Mas optou-se por mais do mesmo. Isso não é estratégia ruim, beira à burrice política e os peessedebistas terão de engolir o PT, de novo, caso no próximo domingo Fernando Haddad seja eleito prefeito.

Se o PT sair vitorioso, a máxima "o crime não compensa" cairá por terra, uma vez que, a população paulistana fará vistas grossas ao "mensalão", perdoando o Partido dos Trabalhadores. Ou seja, esquecendo-se da gravidade do grande esquema de corrupção do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e votando no Haddad.

Ora, ora, ora...o crime compensa: Lula foi reeleito em 2006, um ano depois da eclosão do mensalão; na sequência, conseguiu fazer sua sucessora, Dilma Rousseff, e, agora, conseguirá fazer o Fernando, prefeito da maior cidade do Brasil, do "maior cofre" brasileiro. Nunca antes na história desse País, compensou tanto cometer um crime. 

Agora, uma observação: renovação política em São Paulo? Balela! É o antigo e o velho, com roupa nova. A única renovação que começa a nascer em São Paulo é a da Câmara Municipal: muitos dinossauros políticos foram extintos, como, por exemplo, Wadih Mutran. Já vai tarde.

Engulamos o PT versus PSDB, mais uma vez. Parece-me que os paulistanos estão tão condicionados e adestrados com os números 13 e 45 na cabeça, que só sabem apertar um desses dois números na urna eletrônica. Poxa, Sampa... acorde!

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