1 de dezembro de 2019

Uma flor por uma arma!

Já dizia o ditado: "Violência gera mais violência". A violência, seja ela física ou verbal, não leva a nada, no sentido de solução dos problemas - de qualquer problema.

Mas a violência gera medo - um dos instrumentos eficazes de governo. A violência atemoriza a sociedade, que fica reticente em se destrancar das celas de seus lares para sair às ruas para trabalhar, estudar, se divertir e, por que não, para protestar contra um determinado governo!?

Eis a mágica da violência: adestrar, amansar o povo, que é detentor, por direito, do Poder. E o governo, sábia e ironicamente, ressuscita um tal AI-5 (Ato Institucional proclamado no auge da Ditadura Militar, em 1968, pelo Ditador Costa e Silva). Estratégia eficaz, não é mesmo?

Sabemos que a violência é o carro-chefe do governo atual. Isso é inegável, haja vista a campanha contra o desarmamento civil, o polêmico excludente de ilicitude (licença para matar), as GLOs (Garantia da Lei e da Ordem), o debate da posse e porte de armas de fogo, o enaltecimento do período ditatorial, que para eles foi uma Revolução necessária contra os famigerados comunistas de outrora, e o apreço a célebres torturadores, com direito a homenagens e honrarias a um tal Ustra - o carniceiro.

Há uma vontade louca desse governo de "botar para quebrar", e o quebrar aqui entenda como ato violento para, literalmente, quebrar a cara dos opositores, aniquilando-os. Isso é novidade no regime democrático vigente. Nunca se viu tamanha sede por tiros, sangue, mortes num governo eleito democraticamente.

Essa vontade beira ao fanatismo dos seguidores de Boçalnaro, chamados de bolsominions, que querem porque querem, pelo menos, uma garantia de salva de tiros livremente na Avenida Paulista num domingo de protestos em família - aquela família belíssima do comercial de margarina.

Conclamar a população para ir às ruas protestar pacificamente contra os mandos e desmandos de um governo ruim, como o que aí está, é questão de honra, cidadania, civismo, dever e direito popular. Agora, conclamar o povo a fazer arruaça e protestar violentamente também não é o correto, não é mesmo Lulla?

O povo não pode ser ameaçado com um revival do AI-5! O povo não pode ser ameaçado de maneira alguma, sendo impedido de protestar nas ruas. Para essas sandices, temos de protestar, sim. Sair às ruas e responder em alto e bom som ao governo que estamos insatisfeitos.

Mas esse mesmo povo não pode ser massa de manobra e se tornar gângster, ateando fogo nas ruas em atos de violência, à la blackblock, para atingir ou derrubar o governo, porque ele não sentirá o calor das tochas. Por isso, eu digo: violência com violência é igual a - apenas e tão somente - mais violência.

Não sigamos os passos de Boçalnaro, empunhando armas em protestos e fazendo delas nosso escudo e resposta para tudo e todos. Sejamos superiores e protestemos juntos, em paz, no melhor estilo de Gandhi, de Cristo e de outros revolucionários pacificadores.

Uma flor por uma arma; uma flor para uma arma.

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22 de novembro de 2019

Por uma Terceira Via Política

A terceira via política está cada vez mais distante de nós e da realidade política no País.

De um lado, Bolsonaro com sua extrema direita, destruindo o Brasil; do outro, Lula com sua extrema esquerda, detonando o País da mesma forma. De extremismo em extremismo, vamos perdendo a sanidade, a estabilidade política e a normalidade do debate político.

Infelizmente, há sempre uma polarização que se impõe e dificulta o crescimento e amadurecimento do País. É dessa polarização que devemos urgentemente nos afastar, porque nenhum lado deste jogo abrirá a porta nova para as mudanças benéficas das quais a sociedade brasileira precisa.

Antes, tínhamos no embate a polarização PT x PSDB, inimigos ferrenhos. Hoje, com o tucanato na lona, lutando para não ser desintegrado ou unificado a outros partidos, temos Bolsonaro e o combalido PT, desgastado pela prepotência e arrogância de um líder que se acha o mais honesto do Brasil, mesmo tendo sido condenado em segunda instância por corrupção.

Chega! Queremos e merecemos uma terceira via decente, preocupada, de fato, com os rumos que o País está tomando; preocupada, verdadeiramente, com os percalços sociais; uma terceira via mais humana, sensata e correta no trato público.

Em 2014, esta terceira via, que ainda hoje não se impôs, havia tomado força e corpo com a candidatura do saudoso Eduardo Campos e Marina Silva, que sabemos muito bem no que deu, não é mesmo?

Na época, foi um sopro de esperança, um vislumbre de uma realidade diferente, que nascia ali com aquelas duas forças políticas juntas, unidas numa mesma chapa para derrotar a polarização (PT x PSDB) já desgastada. Mas aí veio o “acidente aéreo”, que ainda hoje está muito mal explicado e pouco digerível, e, na sequência, a avalanche de fake news contra Marina Silva, graças à união de forças negativas impetradas pela chapa de Dilma Rousseff e a de Aécio Neves.

Jogo sujo, jogo baixo, que esvaziou a candidatura de Marina à Presidência, que, na época, liderava as pesquisas. E assim, a tão sonhada terceira via minguou. E o PT reinou, de novo, para lamento e tragédia ao Brasil. A mesmice prevaleceu e um dos lados da polarização venceu por margem apertada de votos.

Em 2018, a verdadeira terceira via tentou se impor, mais uma vez, mas foi desidratada pelas demais chapas, que se sobressaíram devido às mentiras, manipulação, política rasteira, violência e deturpações da realidade. Assim, nasceu uma nova polarização, com um novo ator, destrambelhado, cuja fala de palanque não cessa, manchando a imagem do País.

A terceira via foi silenciada, porém, continua viva e resiste. Basta olharmos para sua verdadeira força, enaltecendo sua fibra moral e garra para lutar.

Nas próximas eleições, não nos enganemos com as falsas terceiras vias que querem, desde já, se impor nacionalmente, a exemplo do Governador de SP, João Dória (PSDB), que tenta ressuscitar o tucanato, e um tal neófito Luciano Huck, com a tal fachada do já antigo slogan “Não Sou Político”.

Terceira via, de verdade, terceira via raiz, vemos em Marina Silva: um nome, um projeto político a se considerar, que levanta a bandeira da sustentabilidade da Nação, com muito respeito e apreço ao ser humano. Lutemos por uma terceira via honrosa.

Acorda, Brasil!

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17 de novembro de 2019

Eleição não é BBB!

Sabe por que chegamos aonde chegamos, com um boçal na Presidência da República Federativa do Brasil? Porque nós, o povo, não sabemos escolher presidente; não sabemos o que é política; não sabemos a importância dos nossos representantes para nossas vidinhas; não sabemos diferenciar os Poderes da República e reconhecê-los; não sabemos o peso aliado da Imprensa; não sabemos ser grandes como Nação; não sabemos o quão virtuosa é a Democracia e o quão necessária ela o é para a vida em sociedade; e desconhecemos o poder que emana de nós, que detemos nas mãos, na ponta do dedo.

Nós engatinhamos e, ao mesmo tempo, marchamos de olhos vendados rumo ao precipício, sendo guiados por figuras mau-caráter, egoístas, mesquinhas, interesseiras, ávidas pelo Poder e que almejam que nós, o povo, permaneçamos às cegas pelo maior tempo possível, para que continuemos massa de manobra à mercê de seus mandos e desmandos.

É por isso que chegamos aonde chegamos! Porque permitimos; porque terceirizamos responsabilidades; porque nosso jeitinho acabará dando um jeitinho de nos afundar ainda mais; porque o fácil é o caminho mais viável para a solução dos problemas: “Fora, PT”.

Enquanto não tomarmos posse do Poder que é nosso por direito, enquanto aceitarmos passivamente que nós, o povo, devemos acatar e respeitar as ordens dos representantes populares que usurpam do Poder, continuaremos a cair no conto do vigário, acreditando nos salvadores da Pátria, nos messias, nos mitos, nos coronéis, nos pais autoritários do Brasil.

Sabe por que chegamos aonde chegamos, com um boçal na Presidência? Por brincarmos de votar; por encararmos o funcionamento da Democracia Brasileira, de pleito em pleito, como um enorme paredão do Big Brother Brasil; por enxergar nossos representantes como celebridades midiáticas e popstars; por tê-los como personalidades de cinema, TV, que estão distantes de nós, e que desempenham apenas um papel roteirizado, um script holywoodiano de quinta categoria, mas que fatura bilhões de bilheteria de quatro em quatro anos. Por isso!

Enquanto não tomarmos posse do Poder que é nosso por direito, enquanto continuarmos a votar pensando em quem queremos tirar do paredão, levando no vai-da-valsa os políticos e a política nacional, continuaremos a eleger boçais, palhaços, coronéis, ladrões e todo o tipo de sociopatas e pessoas que não levam a sério a Democracia, debocham dela, flertam com Ditaduras e Autoritarismo e não dão à mínima para os anseios da população.

 Mudemos nossa mentalidade e postura diante desse grande desafio que é votar diferente. Vote conscientemente! Tome o Poder! Seja o Poder! Somos nós, o povo, quem damos as ordens, e eles apenas devem seguir o que nós impusermos. Os patrões somos nós, e não o contrário. Participe da Democracia!

Vote, mas vote naquele ou naquela que apresente propostas sérias para a Nação; que possua um passado de obras reconhecidas e comprovadas pela sociedade;

Vote em quem está comprometido com a paz, com o amor, com a felicidade do povo e que transborde isso em seus discursos e postura. Lembra-se daquele ditado? Reconheça as boas árvores pelos frutos. Reconheça-as! Busque. Pesquise. Interesse-se pela política.

Vote, mas vote conscientemente e não como revanche, e não porque um é mais bonito do que o outro, e não porque um fala mais elegantemente do que o outro, e não porque um é mais rico do que o outro, e não porque ganharei algo em troca, e não porque todos são iguais, e não porque um transmite mais segurança na fala do que o outro, mas sim porque é um ser humano empático, que se coloca no lugar do outro e sabe ser grande ao representar a totalidade, a beleza e a diversidade do nosso País, escutando seu povo, respeitando suas particularidades e sabendo ouvi-lo.


Não estamos num BBB. Eles não estão no paredão. Isso é, de fato, a realidade, mundo real, e, como tal, precisamos saber votar de verdade nesses líderes, sem o vício dos reality shows da TV. 

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12 de janeiro de 2019

Ladeira abaixo?

É melhor Jair se despedindo do Mito. Essa foi a afirmação que o Seu Anônimo profetizou em uma de suas análises políticas publicadas. Entretanto, acho que não foi bem isso o que ocorreu, não é mesmo? Agora, é melhor Jair se acostumando com o Mito. Ou melhor, é melhor Jair se acostumando com o novo presidente da República: Jair Messias Bolsonaro.

O que ocorreu nas eleições 2018 mostra o quão instável e imprevisível é a política. Não há como calcular friamente quem ganhará e quem perderá. TUDO, basicamente TUDO pode acontecer para que até mesmo um boçal consiga chegar lá na Presidência. 

Mas confesso que ao longo da campanha, uma das mais acirradas e violentas da história, o que mais me surpreendeu foi o esvaziamento da candidatura de Marina Silva: de 22 milhões de votos em 2014 para 01 milhão e 69 mil em 2018. Triste!

Às vezes, penso que estou, em pleno 2019, em meio a um pesadelo, numa outra dimensão, mas não, é Brasil, o país que insiste em andar pra trás; que não aprende com seus próprios erros; que é egoísta; que não entende a palavrinha “empatia”; a Terra do paliativo para tudo e para todos. Mas a pergunta que não quer calar é: como essa sandice chamada Bolsonaro foi ocorrer, meu Deus?

Quando pensava que já não poderíamos descer mais no pós-Dilma, me engano redondamente com a vitória do atual presidente. Ladeira abaixo, aí vamos nós!

Bolsonaro não merece estar onde está pelo simples fato de não estar preparado para o cargo. O País precisa de mais, de um alguém à altura dos desafios gigantescos impostos ao mandatário-mor da Nação. Gritar, esbravejar, bater no peito e dar tiro pra cima qualquer borra-botas sabe fazer, quero ver ter intelecto, sagacidade e jogo de cintura nacional e internacional pra resolver problemas reais do Brasil num mundo cada vez mais complexo e belicoso.

Além disso, o presidente não possui legado, mesmo com uma bagagem de três décadas de experiência na política. O que ele fez para o Brasil nesse período? E para o Estado do Rio? Não há nada em sua biografia que o capacite para a cadeira presidencial. Bolsonaro merece estar onde está apenas porque conseguiu “encantar” eleitores com preguiça de pensar e totalmente rancorosos, que exigiam apenas um "Fora, PT". Mais nada e nada além disso. 

Estamos diante do primeiro presidente oco da história do País, e os primeiros cinco dias de governo já provaram isso com os mandos e desmandos, disse e não disse, feitos e desfeitos, e trapalhadas na seara econômica como já era de se esperar. Será que o Bolso sabe o que é IOF? Porém, respeitemos a Democracia. O povo quis assim! Que assim seja. Haja paciência!

Mas insisto: o que é que o Bolsonaro tem, brava gente brasileira? Nada, nadinha, nadica de nada. E é por isso que eu digo: ladeira abaixo, aí vamos nós! Adeus, Ministério da Cultura e do Trabalho; tchau, tchau, respeito aos indígenas, LGBTs e mulheres; a insistência na tal ideologia de gênero, que nunca existiu; imagem no exterior já é risível e digna de chacota; Ministério da Educação comandado por um colombiano (What?); e por aí vai... olha a ladeira...  

Minha única esperança repousa em dois de seus Postos Ipiranga, sendo um deles o superpoderoso Paulo Guedes. Dedos cruzados para que cuidem bem, pelo menos, do nosso dinheiro, que foi muito maltratado nas gestões anteriores. Desse governo, é apenas isso que espero, porque de resto, tudo tende a “andar pra trás”. Ministra Damares que o diga, pintando sua nova era no Brasil, com menino vestindo azul e menina rosa e aproximando a religião do Estado. Terrivelmente insana, isso sim.  

Muitos dizem que 1964 está de volta. Eu diria que não. Voltamos bem mais ao passado: Idade Média? Bem provável. Sendo assim, bruxos, uni-vos!

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