2 de dezembro de 2017

É melhor Jair se despedindo do mito...

Sim, 2018 já começou! Aliás, iniciou logo após o fim da campanha de 2014. Desde então, estamos vivenciando um caos político, que só terminará quando elegermos o(a) próximo(a) mandatário(a) da Nação. E a Economia? Mandou lembranças.

Dentre os principais postulantes à cadeira presidencial, até o momento, de acordo com as últimas pesquisas de intenção de voto são: Lula (PT), Bolsonaro (PSC, indo para o PEN) e Marina Silva (Rede), respectivamente, e, por enquanto, os que apresentam as melhores pontuações e preferências do eleitorado nacional. No entanto, há outros pré-candidatos no páreo, que tendem a movimentar-se no tabuleiro do grande Jogo do Poder, nos próximos meses, tais como: Geraldo Alckmin e João Dória (PSDB), Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (PSD), Manuela D’Ávila (PC do B), Chico Alencar (PSOL), Guilherme Boulos (MST) e Álvaro Dias (PV).

Desses, o que mais se destoa, negativamente, é Jair Bolsonaro, justamente por toda sua afronta à(s) liberdade(s) e aos direitos humanos; por todo o atraso político-social que ele personifica; por todo o desrespeito à história do País, quando deturpa e ameniza o "Regime do Cale-se", de 1964-1985; por se mostrar um candidato, a meu ver, destemperado, inflexível e portador de projetinhos e ideias temerosas, que, dificilmente, caso seja eleito, serão aprovadas no Congresso; e por seu pouco apreço à Democracia. Enfim, um postulante a ditador, uma vez que bate palmas a torturadores e elogia, sem pudores, a Ditadura Militar.

Não deveríamos conceder tamanha audiência a uma figura como Bolsonaro, que está mais para o caricato Levy Fidelix do que a um candidato elegível, porém, é sempre saudável mantermos o alerta ligado e nos unirmos para desnudar seu perfil, mostrando o quão inapropriado ele é para conduzir a Nação.

O que nos conforta é a constatação de que dificilmente sua candidatura se manterá em ascensão. A tendência é, daqui pra frente, haver uma estagnação e, provavelmente, uma queda nas intenções de votos. Quando começar a campanha, pra valer, o aprendiz de ditador tende a cair, cair e cair. Não se sustentará por muito tempo! Seguirá os passos do filho, no Rio de Janeiro, que perdeu feio a corrida à Prefeitura daquela cidade, em 2016.

Bolsonaro e seus devotos (bolsominions) querem que as mulheres voltem pra cozinha; que os gays voltem para o armário; e que os negros voltem pra senzala. Mal sabem eles que serão as mulheres quem decidirão o próximo presidente, e o candidato está bem longe de ser preferência nacional entre o público feminino, não é mesmo?

Há também outro porém que atravanca a candidatura do "Messias", Salvador da Pátria. Pense comigo: o que será que acontece com um candidato político, sem apoio político, que luta contra sua própria classe, e, de quebra, tem entre seus projetos mirabolantes o fechamento do Congresso? Tiro no pé, lógico! Candidatura natimorta. É por essas e outras que devemos ficar tranquilos, espalhando a certeza de que Bolsonaro não será eleito nem chegará perto de ir ao segundo turno.

Além de tudo isso, é engraçada essa tentativa de o compararem com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Pra começar, o sistema eleitoral americano é diferente do nosso e o eleitorado também. E tem mais: qual a porcentagem do eleitorado brasileiro com acesso às redes sociais mesmo? Os bolsominions podem até ser numerosos na rede social de Zuckerberg, mas eles não atingem a totalidade dos eleitores do Brasil. Assim, o único comparativo possível entre Bolsonaro e Trump é a ignorância, a arrogância e a prepotência de ambos. De resto, ele amargará uma derrota clássica em 2018, entrando no rol de bizarrices da política brasileira.

É melhor Jair se despedindo...

Agora, algo que precisa ser decifrado: por que Bolsonaro é tido como um MITO? 

A causa relevante para ele ser chamado de mito é a própria sociedade brasileira. Quem cria um mito é o povo, mas um povo limitado, que acredita na Terra-Plana, no deus-fogo, no deus-da-guerra, no deus-mais-que-temível, aquele que castiga o diferente e usa de violência para punir e educar; num deus que é estritamente sua imagem e semelhança. Enfim, Bolsonaro é um mito - e só um mito - porque foi sagrado Messias e está entre nós para nos salvar dos nossos pecados e dos outros, dos adúlteros, dos idólatras, dos sodomitas e pervertidos, e para preservar a pureza das crianças. E ele diz, para protegê-las: "vinde a mim as criancinhas!".

Bolsonaro é um mito! Ele não existe. Não é real. Apenas se traveste, pobremente, do misticismo que beira o verdadeiro sagrado e esperança de um povo, de uma Nação.


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20 de agosto de 2017

Por ora, Dória será vice na chapa de Alckmin

Antes de chegar às explicações do título deste post, quero expor o que ocorreu comigo esta semana, na rede social de Zuckerberg...

Passando por minha timeline, o seguinte post do jornal O Estado de S. Paulo, página "Política Estadão":


"Prefeito de São Paulo deve visitar 9 cidades de 8 Estados, no mês de agosto; ao final do evento com empresários do Ceará, ele disse: 'Acelera, Brasil'. Titulo da reportagem: "Dória xinga Lula de 'preguiçoso' e 'covarde' em Fortaleza.

Eis que me ponho a comentar:

Um dos pontos positivos dessas cutucadas do Dória, no Nordeste, é invadir, literalmente, o espaço petista, chacoalhando as estruturas; é entrar na seara petista, em que o Lula nada de braçadas, e marcar território, mesmo que só leve pauladas ou ovadas, mas é um primeiro passo para começar a desestruturar, aos poucos, uma região que vem votando há muito tempo nos vermelhos. O prefeito paulistano é um estranho no ninho, tentando persuadir a população local e cutucando a jararaca cada vez mais, a fim de deixá-la mais fraca e cansada do que ela já está. Vá em frente, Dória. Prepare terreno opara você mesmo, ou para seu candidato, Geraldo Alckmin. Melhor marqueteiro para o picolé de chuchu, não há.
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Na sequência, recebo o comentário abaixo, de uma tal Analu, que deve ser uma militante de cabresto, do PT:

Legal chamar toda uma população de jararaca. Jararaca é o teu passado,"mermão". Não vem ofender nordestino, não! Esse povo que vota no PSDB é todo assim: nutre um ódio irracional contra nordestino e acha que precisa dominar a gente. A gente tá de boa aqui. Não queremos conta com gente dessa estirpe. 

Eu acho que a Analu não entendeu o que eu quis dizer, então, repliquei:

Analu, jararaca refere-se ao Lula. Dê um Google e veja o que o petista-mor disse com referência à jararaca. O "chamar toda uma população de jararaca" fica por sua inteira e única interpretação. Não disse isso nem quis dizer dizer tal disparate. Releia meu comentário. Ah! Procure se atualizar sobre o que seu próprio candidato anda dizendo por aí. 

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Recebi outro comentário, dessa vez de uma tal Yaracy:

Então, João Dória está totalmente no lugar errado. Deveria estar ali no ABCD, que é o berço maior do Lula. Se não está lá é por falta de coragem? O Dória está aqui no Nordeste unicamente a convite de políticos do PSDB e apoiadores, e não a convite da população. E, atualmente, o maior empenho do PSDB é fazer de tudo para reconquistar territórios perdidos nas últimas eleições e em todo o Brasil. Está começando pelo Nordeste apenas e, como sempre, será bode expiatório desta lambança nascida em São Paulo. E como sempre, o nojento jogo político está apenas começando...


Fiz questão de também responder ao comentário:

Yaracy, todos os partidões estão perdendo território, mas o que mais está indo à falência é o seu PT. As eleições municipais deixaram bem clara a desnutrição do Partido dos Trabalhadores. A gente quer MUDANÇA! A gente não quer mais os mesmos concorrendo. Faça um favor ao Brasil: não vote em PT, PSDB ou PMDB, em 2018, e não reeleja ninguém. MUDE! Dê chance a outros. RENOVE! 

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E para minha surpresa, recebi mais um comentário, de um alguém chamado Lu Roc, o qual me fez pensar como tem gente nesse Brasil com pensamento limitado, enxergando apenas o maniqueísmo. Confira:

Pode tentar pela eternidade. Pobre não vota em riquinho metido à besta, que nunca pegou no pesado nem foi peão de fábrica. As pessoas se lembram.


Ao que eu respondi:

Lu Roc, pobre x rico; PT x PSDB; proletário x patrão; preto x branco; esquerda x direita. Enquanto continuarmos a pensar em dualidades, no melhor estilo do "eles contra nós", tudo, no Brasil, continuará do jeito em que está: um caos! Acredito que as pessoas vão se lembrar, sim, de tudo, inclusive de quem Lula, de fato, é e representou, quando esteve no Poder, e de quem o PT representa e representou. O País não permitirá o retorno desse partido. Isso se realmente o brasileiro se lembrar do que ocorreu nos últimos anos.

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E, para fechar, eis que sou agraciado com uma esculhambação, vinda de um tal de Dionizio:

Você é só mais um eleitor frustrado do Aécio. Você não passa de um asno.

Gente inteligente é outro nível, não é verdade? Para esse comentário, nem deveria ter perdido meu tempo respondendo, mas não me aguentei:

Querido Dionizio, seu argumento pouco polido, desrespeitoso e pouquíssimo inteligente, que demonstra o quão politizado você é, só me faz acreditar que o que eu disse tem toda a razão de ser. Quero muito rir da sua cara, em 2018, quando você vir que seu partidinho não chegará nem ao segundo turno das eleições. Enquanto quem voto no Aécio Neves se arrependeu amargamente e não cometerá a burrice de votar nele de novo, vocês, petistas e militantes de cabresto, adulam, ovacionam e protegem um condenado, que ludibriou um país. Boa sorte com seu PT.

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João Dória tem feito o que pouquíssimos presidenciáveis fazem: rodar o Brasil, sentir a temperatura local, expor sua opinião acerca de vários assuntos e não ter medo de falar. Sendo marketing ou não, não importa, ele está fazendo algo; está se mexendo e movimentando as peças no grande tabuleiro do jogo político que sempre existiu e nunca deixará de existir. Os tucanos precisam aprender com o neófito Dória, que acredita muito na máxima: "A melhor defesa é o ataque!". 

Se Geraldo Alckmin quer mesmo ser o escolhido, está na hora de mudar seu estilo, bem como fez Lula, em 2002. Se não o fizer, terá de contentar em ser o vice da chapa de João Dória, em 2018. Por enquanto, a estratégia é ampliar a visibilidade do melhor marqueteiro tucano de todos os tempos, João Dória, para aumentar a vantagem do PSDB à candidatura de Alckmin à presidência. Todos sabem que o novato é o maior puxa-saco do governador, né? Mas, caso o picolé de chuchu não decole, por que não unir os dois numa chapa puro-sangue, como ocorreu em 2014?


Acompanhemos os próximos capítulos...




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30 de julho de 2017

Games e Política?

"Games e Política" é a exposição interativa em cartaz no Centro Cultural de São Paulo (Rua Vergueiro, 1.000 - das 18h30 às 20h30), com entrada franca, que pretende mostrar que jogos são sempre mais do que apenas jogos.

Realizada pela Goethe Institut até este domingo (30/07), a mostra expõe 18 games, que podem ser jogados pelos visitantes, dentre eles, "Perfect Woman", com o qual o player vive sob a perspectiva de uma mulher. Baseado em revistas femininas, ele trabalha a questão de gênero e como ela influencia as decisões que as mulheres precisam enfrentar ao longo da vida.

Jogos, definitivamente, podem transmitir todo e qualquer tipo de mensagem. Que bom, não? Visite a exposição e reflita! ;)

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23 de julho de 2017

De que lado você está?

Abaixo, a transcrição de um bate-papo acalorado entre duas pessoas com visões políticas distintas. Esse "debate" ocorreu após a postagem de uma foto da ex-candidata à Presidência, Marina Silva, em minha conta particular no Instagram (@fepiovezam), em cuja publicação, eu, Seu Anônimo, a defendia e a enaltecia como sendo a única presidenciável que saíra ilesa da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.


Analise a conversa, um tanto quanto civilizada, e tome partido! Afinal, de que lado você está?
Legenda do post publicado em 14 de abril de 2017: "Em terra de corrupto, quem é honesto é rei, ou rainha, ou pode até vir a ser presidente. Veja a serenidade de quem não foi delatada nenhuma vez. Por enquanto, @_marinasilva_ continua sendo a melhor opção. Não se trata de ter um político de estimação, mas sim de votar embasado em coerência, ética e honestidade. Posso queimar minha mão lá na frente, contudo, por ora, ela continua a ser a melhor opção."


Algumas horas e curtidas depois, eis que recebo o primeiro dos 42 comentários de um dos meus seguidores:


Fulano: Ela está envolvida em esquema de corrupção no Nordeste, em conjunto com o ex-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos. Sem contar que basta o Malafaia dar um comando, que a cadela vem treinada e muda a plataforma política. Bom cão obedece ao dono que paga comida e ajuda a eleger. Ela é covarde e corrupta. Só não está na Lava Jato! Mudou de opinião sobre LGBTs por conta da religião. Não me representa e não ganha meu voto! Por favor, coerência? Que discurso e posicionamento políticos medíocres os dela. Quem muda de opinião em função de tweet é maleável, sem opinião própria e apenas desejoso de Poder.

Seu Anônimo (Fernando Piovezam): Fulano, desconheço o que disse. São rumores, delações ou investigações em andamento? Ela continua, até que se prove o contrário oficialmente, a melhor opção como candidata à Presidência. Há de se levar em consideração o conturbado processo eleitoral em que Marina Silva esteve envolvida, em 2014. Praticamente ela teve de liderar uma campanha política no meio do caminho, com pouco tempo para tal. Não estou defendendo a Marina, apenas estou indicando os possíveis motivos para ela ter mudado o programa. A ex-candidata teve de jogar politicamente para poder se manter na corrida ao Planalto.

Marina Silva não mudou de opinião, simplesmente manteve a opinião no programa eleitoral. Ela não é favorável ao casamento LGBT e sempre disse disse isso. A Marina é contra, mas se coloca à frente pelos direitos civis igualitários. Ela consegue fazer o que poucos políticos fazem: separar as opiniões pessoais, de foro íntimo e religioso, das de uma figura pública, política e representante do povo. Ela levanta a bandeira da realização de referendos para questões polêmicas, como o casamento gay, para que os brasileiros se decidam acerca do que é melhor à sociedade brasileira.

Fulano: É uma investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, no estado onde o Eduardo Campos era radicado. Ela recebeu mais de 01 milhão e meio de reais em propina. O jogo político é parte da vida pública e política. Isso não nego, mas, nesse jogo, escolhas são feitas, e ela escolheu o tweet do Silas Malafaia, além de receber caixa dois de campanha. Pra mim, bastava a ligação com o pastor. A religião dela é perigosa. Se ela anda com ele, eu vomito em cima. Não podemos nos esquecer que ele é investigado por desvio de dinheiro e sonegação.

Seu Anônimo (Fernando Piovezam): Fulano, "covarde, corrupta e cadela" não são predicados polidos e base para discursos racionais no intuito de se chegar a um consenso político. Racionalidade e decoro, por gentileza! Só ouvi verdades nos discursos de Marina Silva e, por enquanto, ela continua a me representar, mesmo sendo contrária a alguns posicionamentos do Movimento LGBT, do qual tenho muito respeito e admiração.

Fulano: Ela mudou o programa! Foi uma repercussão brutal nas eleições de 2014. E sim, ela é a favor dos direitos civis. Isso é necessário mínimo numa Democracia, senão ela seria mais um Bolsonaro, ou um Trump. Se você reparou em meu argumento, cadela se refere ao processo de condicionamento de animais de estimação. E eu acho isso dela: um fantoche humano, um cão humano do Silas Malafaia e de uma plataforma política de fachada, pois a visão ecológica e sustentável dela é bem fraca. Covarde, sim! Predicado de uma análise minha fundamentada na história político-ideológica de Marina. O discurso dela é bem pensado, por isso tem aspecto de verdade.

Seu Anônimo (Fernando Piovezam): Fulano, se há processo ou não, deixe estar e a verdade aparecerá, bem como a Justiça será feita. Acho que você está muita radical frente ao posicionamento de Marina Silva. Mas okay, concordo contigo quando diz que ela se unir ao Malafaia e companhia limitada não é muito positivo, mas isso também não está muito bem confirmado, e especulações são sempre levantadas em períodos eleitorais. Aliás, é bom lembrar e constar que faz parte do processo político-eleitoral aliar-se a diversas instâncias e forças da sociedade. Enfim, todavia, ela já deixou muito clara a divisão entre a Marina-Cidadã-Religiosa e a Marina-Política-Ativista-Líder. Preste atenção nessa última postura dela.

Fulano: Admiro isso em você. Eu sempre fui radical. E desculpe não separar religião de política. Tanto que há bancadas religiosas em todos os parlamentos de países mais cristãos, como o Brasil e os Estados Unidos da América. A religião é um colégio eleitoral e as negociações com os princípios religiosos são parte do jogo para a cadeira da Presidência. Se você apoiar "viado", a Igreja não vai votar. Infelizmente é assim.

Seu Anônimo (Fernando Piovezam): Sim, ela mudou o programa. Como disse, um programa e um processo eleitorais que ela teve de liderar, dirigir, no meio do caminho. Vamos nos lembrar de que ela, praticamente, precisou recomeçar um jogo, processo eleitoral. Ela teve de se aliar ao Eduardo Campos, porque tesouraram, propositalmente, sua participação em 2014, impedindo a criação de seu partido, Rede Sustentabilidade. O programa eleitoral e político, era do Eduardo e do PSB. Quando o pessebista foi assassinado, ela continuou um jogo que não era bem o dela. Ou seja, uma ruptura drástica e brusca. E que bom que o discurso dela é bem pensado. Que bom! O da Dilma Rousseff nem conseguíamos compreender e ela ganhou a eleição. Vai entender, né?

Fulano: Olha, eu odeio o PT. Mas a Dilma deu um show em Harvard. E de universidades, eu entendo, afinal, sou professor de uma.

Seu Anônimo (Fernando Piovezam): Enfim, não estou querendo fazê-lo mudar de opinião, ou indicar que Marina Silva será a salvadora da Pátria em 2018. Só digo que, desde 2010, quando ela se candidatou pela primeira vez, até agora, Marina continua sendo a Marina: uma líder conhecida, reconhecida e respeitadíssima internacionalmente; possuidora de uma biografia que poucos políticos brasileiros possuem; e propagadora de uma ideologia em rede, agregadora, disseminando que é possível, sim, agir na política unificando visões e ações diferentes.

Fulano: Para alguém dar show em uma universidade, esse alguém tem que ser bom. Talvez a Dilma não seja popular e tenha deslizes, mas ruim ela não é. E se você não entendia o que ela falava, como distingue as políticas de sustentabilidade de Marina Silva? Ela usa argumentos bem feitos, mas argumentos que são danosos à política de sustentabilidade. Marina usa maquiagem no discurso bem feito dela. Igual ao Aécio Neves, que trafica pó. Que bom que gosta dela. Isso mostra o abismo ideológico que existe entre nós. Aquilo que você defende, eu quero o fim de uma vez por todas. Afinal, a Marina é corrupta, já foi citada em esquemas e investigada.

Quanto à minha opinião, eu não vou mudar. Eu votei na Luciana Genro (PSOL), que foi a única a propor taxação das grandes fortunas. Marina não debateu essa questão econômica da reforma tributária. Isso afeta nossa vida. Uma taxação de grandes fortunas não teria deixado chegarmos onde chegamos.

Seu Anônimo (Fernando Piovezam): Sim, sei bem sobre as bancadas religiosas, da bala, gay etc. Ainda bem que elas existem, não é mesmo? Isso é fundamental para uma democracia sadia. Agora, sei também que há políticos que pensam diferente da bancada e até mesmo diferente do partido em que estão filiados e inseridos no processo político, e, mesmo assim, prosseguem com suas políticas e ideologias.

Uma pena Dilma Rousseff não ter dado um show no Brasil e para o Brasil. Por aqui, só vergonha.

E realmente, há um abismo gigantesco entre nós. Luciana Genro e seu discurso ultraesquerdista? Não compactuo com radicalismos. E convenhamos que a defesa do Socialismo está bem obsoleta.

Fulano: Desculpe, em teoria política, um dos tópicos mais abordados pelos cientistas é a doença que as bancadas religiosas trazem para a política. Não é saudável! Maquiavel já falava isso na Itália renascentista. Religião impede o desenvolvimento de política para o povo; impede a entrega de direitos a TODOS OS CIDADÃOS.

Meu caro, se você acha mesmo que está obsoleto o debate sobre Socialismo, então já percebi que diálogo contigo não rola mais. O Socialismo nunca esteve tão presente. Coreia do Norte e Estados Unidos da América estão juntando forças para a guerra, neste momento. E não me reduza a uma categoria socialista porque votei no PSOL. Eu nunca fui socialista. Não acredito em utopias, embora seja um pouco idealista. Votei na Luciana Genro, pois foi a única a levar o debate tributário, que é extremamente necessário ao Capitalismo. Basta ver a Europa e suas políticas tributárias. Aqui, no Brasil, esse discurso que você tacha de ultraesquerdista, é o único que pensa a realidade brasileira tal como países de primeiro mundo: Alemanha, França, Holanda e os países nórdicos. Essa ideia de que por votar num candidato de esquerda faz com que eu seja socialista é bem coisa de quem só vê a Globo. Eu não acho que esse é o seu caso, mas se for, leia os jornais europeus. Veja as políticas tributárias da Europa e suas consequências à sociedade e à economia da nação. Isto é histórico! Podemos aprender com quem acertou.

Seu Anônimo (Fernando Piovezam): Só quis dizer que não compactuo com radicalismos, sejam eles políticos ou não. Luciana Genro, pra mim, levanta uma bandeira radical; tem discurso radical; e quer uma revolução. Ela quer chutar a mesa. Ou seja, radicalizar, mudar totalmente da água pro vinho. Isso, a meu ver, não é correto. Há de se ter diálogo com TODAS AS PARTES, inclusive com aquelas que discordam de nós, sem o qual não há democracia. E desculpe-me se você se ofendeu com meu argumento, Não quis rotulá-lo socialista. Aliás, nem comentei isso. Radicais jamais me representarão.

Fulano: Marina Silva foi citada e delatada na Lava Jato, sim. Saiu na Folha de S. Paulo. Radicais jamais te representarão, mas ladrões e corruptos, como Marina, te representam, né? Esquema de corrupção, operação turbulência, esquema de propina na Operação Lava Jato... Essa mulher é quem você escolheu te representar: uma ladra do povo? Na boa, prefiro discurso ultraesquerdista da Luciana Genro. Ao menos ela está limpa.

Seu Anônimo (Fernando Piovezam): Fulano, ultraesquerdistas jamais me representarão. Cada qual com suas visões e preferências. Aguardemos as investigações e esclarecimentos dos fatos. Boa sorte com sua representante! Que ela tenha forças pra lutar e chegar, algum dia, ao segundo turno de alguma eleição presidencial.

Fulano: Que bom! Isso é muito interessante saber. Eles não representam, mas alguém delatado em duas operações, sim. Triste, mas compreensível.

Seu Anônimo (Fernando Piovezam): Aguardemos as investigações e esclarecimentos dos fatos e condenações. A Justiça saberá separar o joio do trigo. Vejamos!

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