O Brasil do hino é só um sonho intenso.

O hino nacional é um dos mais belos e criativos do mundo, contudo, narra e descreve um Brasil que, infelizmente, não é mais o mesmo. Nosso hino foi idealizado em uma época totalmente diferente da atual e muitas coisas mudaram, por aqui. Ele tem de ser reescrito. Há muito em seu contexto, que não se encaixa mais ao perfil nacional atual.

A nossa “pátria amada”, infelizmente, não vem sendo “idolatrada” como deveria.

Estamos decepcionados! Há muitos problemas emergenciais a serem resolvidos em nosso país, principalmente no quesito injustiças sociais. Isso nos entristece!

Para voltarmos a idolatrar o Brasil, será preciso “desafiar o nosso peito a própria morte”, para que possamos, de fato, correr atrás dos nossos almejados sonhos.

“Em teu seio, ó liberdade”. Que liberdade é essa? Não podemos sequer expressar as nossas opiniões que logo somos repreendidos. Nossa opção é nos omitir, para que só assim, possamos viver em paz? Que liberdade é essa, em que não podemos sair de casa, sossegados? Bandidos estão em liberdade e, presos, estamos nós, população trabalhadora e honesta.

Temos um “sonho intenso” de que o Brasil do futuro seja a “pátria amada, idolatrada, do sol da liberdade” e que possa espelhar essa grandeza conquistada, pois a “esperança a terra desce”. Esperança em ter conosco uma saudável “gigante natureza”, sem continuarmos com o nebuloso céu, tristonho e poluído.

Pode até ser que essa terra é a mais garrida, mas os “teus risonhos, lindos campos” têm menos flores e nossos bosques têm mais vida: vida humana que desmata e destrói.

O amor eterno ao FUTEBOL seja símbolo! O amor à pátria está de escanteio... Muitos de seus filhos, ó Brasil, estão fugindo à luta, preferindo venerar o que é alheio.

Apesar de tudo, dentre tantas outras, “és tu Brasil, a pátria amada!”.