4 de outubro de 2016

Dória não é político? Seu secretariado dirá!

O que dizer da vitória histórica, no último domingo (02/10), do empresário João Dória Jr., recém-filiado ao PSDB, apelidado de coxinha, almofadinha, candidato dos ricos, queridinho do governador de São Paulo, o não político, o gestor, o administrador?

Digo apenas boa sorte a todos nós, paulistanos! Afinal, ninguém esperava tanto vigor do agora prefeito eleito, nem mesmo o tucanato, e muito menos uma vitória no primeiro turno, façanha até então jamais vista nos últimos 24 anos na selva de pedras. Realmente, algo fascinante, mas, ao mesmo tempo, nada surpreendente, haja vista a crise política, moral e ética por que passa nosso Brasil.

Com a queda do PT, nada mais óbvio do que a ascensão da facção rival, o PSDB, e foi exatamente isso que ocorreu no pleito municipal, sobretudo por se tratar de Sampa, que reflete, automaticamente, a política nacional.

Ao mesmo tempo em que desejo sorte a nós, receoso do que nos espera nos próximos quatro anos, parabenizo a coragem dos eleitores que foram às urnas e decidiram mudar. Isso, a meu ver, foi o mais louvável até aqui. MUDAR! Optaram por mudar mesmo sabendo que o “novo” não é assim tão inovador e representante da mudança verdadeira da qual precisamos. Com isso, tiveram a oportunidade de evitar uma reeleição. Ou seja, tiveram a lucidez de dizer não à perpetuação no poder, à continuidade, à mesmice que tão mal faz à saúde política. Optaram, sim, pela alternância do poder, o que vale a pena ser feito em todas as instâncias públicas.

Vale destacar ainda que, em uma eleição cujos figurões-experientes no trato da política tradicional, como Luiza Erundina, Marta Suplicy, Fernando Haddad e Celso Russomanno, os quais entoaram suas mentiras, mostraram seus vícios, esfregaram suas politicagens em nossas caras pintadas de luto, vomitaram seus discursos demagógicos e digladiaram-se em debates maçantes, não conseguiram sequer ir ao segundo turno. Então, alçar o neófito João Dória à prefeitura teve um quê de mudança, sim.

Mas repito: optaram por mudar mesmo sabendo que o novo não é assim tão novo e inovador e representante da mudança verdadeira, uma vez que o candidato rico é aliado e filiado a um partido tradicionalíssimo que há mais de 20 anos comanda o estado de São Paulo. Enfim, se isso não foi uma jogada política, não sei mais o que dizer sobre “ser político”. Afinal, ele poderia ter escolhido outro partido para concorrer à prefeitura, não? Por que o PSDB?

Entretanto, o que está feito, feito está! Respeitemos. Não o escolhi como candidato, optei pelo vereador Ricardo Young, da Rede Sustentabilidade, por acreditar na diversidade de vozes daquele partido e das propostas críveis de se fazer e pensar uma política nova e diferente para a cidade de São Paulo. Contudo, respeito a decisão das urnas, de olho no jeito “gestor” do João Dória para a condução da nossa querida cidade.

Assim, sugiro que todos os paulistanos fiquem atentos à nomeação do secretariado daquele que se diz “não político”. Aí estará uma das primeiras provas para atestar se estamos lidando, de fato, com um gestor. Se os secretários indicados se confirmarem como tática de saciedade de cargos aos aliados, veremos que Dória sempre foi um político-nato.

A conferir.


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É ASSIM, MESMO?



"[Esse impeachment] encerra novamente um ciclo. A cada 25, 30 anos, no Brasil, nós temos um tropeço na nossa democracia."


Ricardo Lewandowski
Ministro do Supremo Tribunal Federal, que presidiu o julgamento da ex-presidente Dilma Rousseff(PT) no Senado.

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26 de junho de 2016

E o jogo do poder continua...

Sr. Michel Temer, presidente interino, deveria renunciar, mas ainda não renunciou nem nunca renunciará, a exemplo da sra. Dilma Vana Rousseff. Sabe por quê? Porque generosidade não é para qualquer um. Ter um gesto generoso para com a Nação é para pouquíssimos homens públicos. A renúncia, em Terras Tupiniquins, é sinônimo de covardia, o que, na verdade, em algumas ocasiões, é totalmente o oposto.

Renuncie, Temer! 

Vossa excelência sabe que é tão prejudicial ao Brasil quanto Rousseff, porque faz parte da mesma laia putrefata que reduz o país a uma republiqueta, a um Estado não levado a sério por ninguém e a um vexame sem precedentes em toda a história nacional.

O que está ocorrendo no Brasil, hoje, é um desnudamento do mau-caratismo da classe política. Estamos vendo a olhos nus do que são feitos nossos representantes. É por isso que precisamos de um restart e, acima de tudo, de evitar manter a mesma corja instalada em Brasília, parasitando e retardando nosso progresso. Exijamos e façamos a mudança de verdade, elegendo políticos novos, mesmo que não tenhamos certeza de que serão diferentes.

Temos de começar do zero, concedendo oportunidade a figuras políticas do bem, honradas, longe de suspeitas de envolvimento em ilícitos de qualquer natureza; temos de valorizar personalidades políticas comprometidas com a honradez, possuidoras de um passado de lutas repletas de moralidade, coerência e respeito com a causa pública; precisamos dar uma chance ao diferente, a alguém que possa, de cabeça erguida, olhar para nós, cidadãos-eleitores-anônimos, com a verdade estampada nos olhos, na fala e no agir.

E o Brasil tem se posicionado sobre a situação caótica em que nos encontramos, tendo decidido, há muito tempo, por novos rumos, uma nova direção e um novo começo. E isso se dará por intermédio das urnas!

Nas próximas eleições, olhemos mais para as posturas, atitudes e biografia dos candidatos e não para a experiência político-administrativa, porque o que falta no mundo político é a grandeza do gesto, do exemplo, da coragem e da moralidade.

Desejo do fundo do meu coração que a chapa Dilma-Temer seja cassada pelo TSE, para que esses sanguessugas deixem de representar o País, e para que possamos, de uma vez por todas, caminhar dentro da ordem e rumo ao progresso.

O Brasil está parando desde janeiro de 2015. A sensação é a de que estamos completamente paralisados e que estão empurrando com a barriga o que tem de ser feito. Parece que nada anda. Quando é que levarão a sério o Brasil-Nação? Por aqui é só atraso, morosidade e burocracia em todas as instâncias; desrespeito com a opinião pública e, o mais revoltante, com o dinheiro do eleitor-contribuinte. Péssimos investimentos, cujos retornos à população são vergonhosos. Isso quando há algum.

Dilma, de mãos dadas com Temer, começou mal seu segundo mandato e caiu. Na sequência, Temer assume e presenciamos um senhor que sabe lidar com bandidos, envolto em uma névoa corrupta e criminosa, com postura dúbia, frouxa e mãos tortuosas para a condução do País, haja vista a tragédia do seu ministério. Só Meirelles salva! Será?

Enfim, está tudo errado! Sinto que, dia após dia, aproximamo-nos do precipício. Por isso, chega! Que venham as eleições e, de preferência, em outubro deste ano.

Até lá!

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19 de abril de 2016

O grande jogo do poder

Triste, muito triste o que presenciamos anteontem, dia 17 de abril de 2016, na Câmara dos Deputados. A admissibilidade da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Vana Rousseff (PT), apesar de previsível e nada surpreendente, é lamentável e desanimador para todos nós, brasileiros e brasileiras.

Mais um representante-mor da Nação está prestes a ser defenestrado do Palácio do Planalto, via processo constitucional de impedimento. SIM! CONS-TI-TU-CI-O-NAL. Quer queira, quer não, o impeachment está previsto na Carta Magna do Brasil e pode ser utilizado para abreviar um mandato presidencial.

Sabe o que tudo isso significa, meu caro(a)? Significa que todos os que se dizem representantes do povo, dentre eles os tais vereadores, deputados, prefeitos, governadores, presidentes, na verdade são representantes única e exclusivamente do poder e do dinheiro, sobretudo os que disseram SIM e NÃO ao impeachment da presidente.

Quem tem o poder nas mãos sempre quer tê-lo por mais tempo; e quem não o tem, quer conquistá-lo a qualquer custo, nem que para isso tenha de vender a própria alma, a decência e a essência da democracia. Aliás, democracia é tratada por aqui como um mero instrumento facilitador do funcionamento de um sistema político putrefato. E funciona da seguinte forma: o povo, cego e com audição aguda para captar, assimilar e acatar qualquer “verdade” criada por marqueteiros e vomitada pelos políticos ávidos pelo poder, avaliza tudo o que nos é imposto.

O que vimos anteontem é triste, lamentável e desanimador, justamente por tudo o que expressei nos parágrafos acima. O circo armado no Congresso deixou claro, mais uma vez, que somos representados por ninguém. Ou sua voz estava lá?

Agora, me responda, sinceramente: o que você ganhará com o impeachment? E, o principal, o que você ganharia se o processo fosse barrado?

Não sejamos inocentes. Todo o discurso enfadonho de ambos os lados serve somente para legitimar um jogo do qual não jogamos. Situação e oposição têm a mesma força nesse jogo e cada um tem o mesmo interesse: o PODER. A presidente detém a máquina; a oposição dispõe de artifícios constitucionais, como o impeachment. Cada ator dessa peça política tem força suficiente para lutar. O grande segredo nessa contenda, em toda jogada, ou melhor, cartada, é o TEMPO. A oposição soube aproveitá-lo bem, por isso está ganhando as partidas. A situação subestimou a força dos parlamentares, demorou para agir e, quando (re)agiu, escorregou e perdeu ainda mais tempo. Óbvio que o impeachment se aproxima e, provavelmente, virá.

Tudo não passa do grande jogo do poder, possível graças a um sistema político que, para nós, meros mortais e anônimos, não nos interessa.

A ladainha do golpe é estratégia ridícula de um lado; crime de responsabilidade e fim da corrupção também é estratégia ridícula do outro. E o posicionamento do “novas eleições”, ação que vale a pena pensar de novo, é um tanto quanto uma estratégia delicada, vinda de uma terceira via representada por Marina Silva. Todas as opções descritas estão por aí, borbulhando, causando frisson na sociedade, contudo, sem eficácia. Se o sistema não cair, nada será permanente; nada será verdade; e continuaremos a apenas legitimar governos e mais governos, observando de longe o jogo do qual não jogamos, sem acesso ao poder do qual temos direito.

Todas as opções, para nós, povo, são paliativas. Que não nos falte força para lutar pela mudança verdadeira. Continuemos a nos manifestar, a ir às ruas, mas para exigirmos a reforma política. Um novo sistema!


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