19 de abril de 2016

O grande jogo do poder

Triste, muito triste o que presenciamos anteontem, dia 17 de abril de 2016, na Câmara dos Deputados. A admissibilidade da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Vana Rousseff (PT), apesar de previsível e nada surpreendente, é lamentável e desanimador para todos nós, brasileiros e brasileiras.

Mais um representante-mor da Nação está prestes a ser defenestrado do Palácio do Planalto, via processo constitucional de impedimento. SIM! CONS-TI-TU-CI-O-NAL. Quer queira, quer não, o impeachment está previsto na Carta Magna do Brasil e pode ser utilizado para abreviar um mandato presidencial.

Sabe o que tudo isso significa, meu caro(a)? Significa que todos os que se dizem representantes do povo, dentre eles os tais vereadores, deputados, prefeitos, governadores, presidentes, na verdade são representantes única e exclusivamente do poder e do dinheiro, sobretudo os que disseram SIM e NÃO ao impeachment da presidente.

Quem tem o poder nas mãos sempre quer tê-lo por mais tempo; e quem não o tem, quer conquistá-lo a qualquer custo, nem que para isso tenha de vender a própria alma, a decência e a essência da democracia. Aliás, democracia é tratada por aqui como um mero instrumento facilitador do funcionamento de um sistema político putrefato. E funciona da seguinte forma: o povo, cego e com audição aguda para captar, assimilar e acatar qualquer “verdade” criada por marqueteiros e vomitada pelos políticos ávidos pelo poder, avaliza tudo o que nos é imposto.

O que vimos anteontem é triste, lamentável e desanimador, justamente por tudo o que expressei nos parágrafos acima. O circo armado no Congresso deixou claro, mais uma vez, que somos representados por ninguém. Ou sua voz estava lá?

Agora, me responda, sinceramente: o que você ganhará com o impeachment? E, o principal, o que você ganharia se o processo fosse barrado?

Não sejamos inocentes. Todo o discurso enfadonho de ambos os lados serve somente para legitimar um jogo do qual não jogamos. Situação e oposição têm a mesma força nesse jogo e cada um tem o mesmo interesse: o PODER. A presidente detém a máquina; a oposição dispõe de artifícios constitucionais, como o impeachment. Cada ator dessa peça política tem força suficiente para lutar. O grande segredo nessa contenda, em toda jogada, ou melhor, cartada, é o TEMPO. A oposição soube aproveitá-lo bem, por isso está ganhando as partidas. A situação subestimou a força dos parlamentares, demorou para agir e, quando (re)agiu, escorregou e perdeu ainda mais tempo. Óbvio que o impeachment se aproxima e, provavelmente, virá.

Tudo não passa do grande jogo do poder, possível graças a um sistema político que, para nós, meros mortais e anônimos, não nos interessa.

A ladainha do golpe é estratégia ridícula de um lado; crime de responsabilidade e fim da corrupção também é estratégia ridícula do outro. E o posicionamento do “novas eleições”, ação que vale a pena pensar de novo, é um tanto quanto uma estratégia delicada, vinda de uma terceira via representada por Marina Silva. Todas as opções descritas estão por aí, borbulhando, causando frisson na sociedade, contudo, sem eficácia. Se o sistema não cair, nada será permanente; nada será verdade; e continuaremos a apenas legitimar governos e mais governos, observando de longe o jogo do qual não jogamos, sem acesso ao poder do qual temos direito.

Todas as opções, para nós, povo, são paliativas. Que não nos falte força para lutar pela mudança verdadeira. Continuemos a nos manifestar, a ir às ruas, mas para exigirmos a reforma política. Um novo sistema!


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12 de março de 2016

Poemeto Político?


VONTADE DE TE BEIJAR...

...ATÉ A CRISE PASSAR;
...ATÉ O CUNHA CAIR;
...ATÉ A DILMA APRENDER COMO DISCURSAR;
...ATÉ O AÉCIO ADMITIR A DERROTA;
...ATÉ O LULA DEIXAR DE LOROTA;
...ATÉ O PMDB MOSTRAR QUE É OPOSIÇÃO.
...ATÉ VER UM TUCANO SER PRESO NO MENSALÃO.

Escrito por David Rodrigues @davidrodrigss #PraEla.





Serão beijos quase intermináveis. Eu disse QUASE.

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8 de fevereiro de 2016

Legislar pela acessibilidade e diversidade

Diante de tantos escândalos na política em diversas esferas, crises, corrupção, imoralidades, desinteresse parlamentar em ouvir as demandas da população brasileira, pífia representatividade no Congresso, nas Assembleias e Câmaras pelo Brasil afora, quando surge um político que defende os interesses populares, fazendo jus ao seu cargo – o que é raridade –, devemos sempre encorajá-lo a continuar nesse caminho. Ainda mais quando sua atuação está focada na defesa dos deficientes físicos e de outras minorias, os quais merecem atenção redobrada.

Com esta postagem, quero destacar o trabalho do ex-deputado federal e atual senador Romário Faria, que chegou lá e fez, e continua fazendo e defendendo os cidadãos portadores de necessidades especiais. Basta acessar sua conta no Instagram (@romariofaria) para visualizar seus feitos, Projetos de Leis, ações pró-acessibilidade, apoio a eventos de reconhecimento a personalidades que contribuem com a defesa das pessoas com deficiência no Brasil, enfim, Romário veste a camiseta, se engaja e legisla para quem de fato precisa de seus esforços.

Só para citar um dos Projetos de Lei de sua autoria, destaco o PL 528/2015, aprovado recentemente pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, que orienta os candidatos à Presidência, Governo Estadual, Prefeitura e senadores a disponibilizar panfletos em Braille nas campanhas eleitorais. Outro: extinção da necessidade de compensação de horas de trabalho para servidores públicos federais que tenham cônjuges, filho ou dependente com deficiência.

Isso é investir em acessibilidade, que é fundamental à Democracia! Portanto, caro senador, fique firme, coragem e siga adiante, porque há muita gente precisando de cuidados, atenção e, sobretudo, valorização como cidadão brasileiro.

É válido ressaltar que há outros parlamentares atuantes na causa, como a deputada federal Mara Gabrilli, mas são poucos. Queremos mais, muitos mais, porque todo parlamentar precisa legislar pela acessibilidade e diversidade. Foi para isso que votamos em vossas excelências. Ou estou enganado?

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17 de dezembro de 2015

O desabafo-renúncia da presidente

Brasília, 01 de janeiro de 2016


CARTA ABERTA AOS BRASILEIROS E ÀS BRASILEIRAS

É com tristeza e descontentamento que escrevo esta carta, mas a redijo com o sentimento de dever cumprido e certa de que o que estou determinada a fazer é grandioso e extrapola minhas próprias vontades, meus anseios e minha ideologia.

O que farei após a leitura em público deste comunicado é me anular, me sacrificar, mais uma vez, para proteger 200 milhões de brasileiros e brasileiras e meu querido Brasil. Tenho plena convicção de que minha atitude vindoura não será em vão e me aliviará das torturas que, novamente, me afligem. Todavia, será a atitude daqueles e daquelas que honram a Pátria Amada.

Acentuo que nada nem ninguém possui documentos, pareceres e testemunhos que deponham contra meu caráter e conduta ilibada. Sou e sempre serei honesta, íntegra, corajosa o suficiente para enfrentar de cabeça erguida todos e quaisquer desafios. E assim o farei!

No entanto, antes de prosseguir com o que é preciso e urgente a ser feito, quero esclarecer alguns pontos que, infelizmente, encontram-se nas sombras da repressão da qual sou vítima:

Primeiramente, trago à tona que a democracia brasileira padece nas mãos de ditadores, coronéis e imperialistas que usurpam das riquezas do nosso solo fértil; essa realidade, brasileiros e brasileiras, só poderá ser alterada com o apoio popular maciço do qual não disponho, por culpa de manipulações políticas de baixíssimo nível que imperam e monopolizam a máquina do Estado.

Saliento ainda que não somente o Vice-Presidente é decorativo, mas a Presidente também o é e tem as mãos e os pés atados, como outrora, no interminável Regime de Exceção.

Saibam os senhores e as senhoras que manda mais quem mais abastado é; faz mais quem mais em conluio está com procedimentos ilícitos. Jamais compactuarei e me alinharei com mediocridades, mesquinharias e pequenezas que envergonham e maculam o passado, presente e futuro dos bons combatentes que tanto lutaram – em vão – por uma Nação verdadeiramente autêntica.

Também coloco ao conhecimento de todos os brasileiros e todas as brasileiras que minha saúde física, mental e psicológica se exaure e está em declínio em decorrência do abalo sem precedentes do qual sou vítima, advindo de pessoas próximas ao meu gabinete, que tentam dizimar o que ainda tenho para me proteger: minha voz e liberdade para agir da melhor forma, segundo minhas próprias opiniões.

Por essas razões e sabendo que, mesmo sendo absolvida do injusto processo de impeachment arquitetado e gestado por golpistas infames e sabendo que meu governo será boicotado e silenciado nos próximos três anos que cabem a mim, por direito constitucional, eu, Dilma Vana Rousseff, com pesar e muita devoção pelo meu país, anuncio a vacância da Presidência da República Federativa do Brasil.

Muito obrigada pela compreensão.


Fica aqui minha sugestão de discurso-renúncia à Dilma Rousseff. Fique à vontade para se apropriar do conteúdo, presidente!


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